Um colega de fórum escreveu no LinkedIn certa vez que, tendo sido empresário durante vários anos na área de segurança patrimonial, e uma vez enviado currículo e participado de entrevistas, suspeitava que o fato de ter sido empresário estaria impedindo seu retorno ao mercado...
Será?
Vejamos:
A tendência de mercado fala justamente de funcionários polivalentes, versáteis, e muito valor se tem dado ao "intra-empreendedor": aquele funcionário subordinado que tem uma visão mais ampla do negócio (não limitada à sua expertise técnica) e que toma a iniciativa como se o negócio fosse realmente dele.
(Veja também: O mercado de trabalho por Waldez Ludwig)
O que talvez (e aqui enfatizo o "TALVEZ") ocorra, é o preconceito de que um empresário, habituado a administrar "do seu jeito", não consiga novamente encontrar seu ponto de equilíbrio dentro de uma equipe, desbalanceado-a ou, algumas vezes, até atravancando seu desempenho, por uma questão de falta de adaptação e até mesmo "ego".
Particularmente tive uma experiência bastante negativa, que me custou uma excelente oportunidade de carreira, envolvendo um ex-empresário na equipe que integrava e depois gerenciei. Meu antigo gestor fora então desligado, indiretamente, porque não conseguiu administrar esta situação enquanto desenvolvimentos e projetos de clientes atrasavam-se aos montes (esta pessoa era tecnicamente responsável pelos projetos) e mais tarde, alguns meses após ter assumido a posição, eu mesmo pedi para ser desligado pois não conseguia mais atenuar os efeitos deste funcionário, por vezes insubordinado, que jamais admitira ser gerenciado por pessoas mais jovens "sem a sua experiência de vida", burlando assim metodologias estabelecidas pelo grupo empresarial ao qual pertencíamos, além de negligenciar registros necessários para a manutenção da certificação do sistema da qualidade, "entre outras cositas" que não julgo correto comentar.
Meu exemplo é regra? Claro que não!
O que talvez (e aqui enfatizo o "TALVEZ") ocorra, é o preconceito de que um empresário, habituado a administrar "do seu jeito", não consiga novamente encontrar seu ponto de equilíbrio dentro de uma equipe, desbalanceado-a ou, algumas vezes, até atravancando seu desempenho, por uma questão de falta de adaptação e até mesmo "ego".
Particularmente tive uma experiência bastante negativa, que me custou uma excelente oportunidade de carreira, envolvendo um ex-empresário na equipe que integrava e depois gerenciei. Meu antigo gestor fora então desligado, indiretamente, porque não conseguiu administrar esta situação enquanto desenvolvimentos e projetos de clientes atrasavam-se aos montes (esta pessoa era tecnicamente responsável pelos projetos) e mais tarde, alguns meses após ter assumido a posição, eu mesmo pedi para ser desligado pois não conseguia mais atenuar os efeitos deste funcionário, por vezes insubordinado, que jamais admitira ser gerenciado por pessoas mais jovens "sem a sua experiência de vida", burlando assim metodologias estabelecidas pelo grupo empresarial ao qual pertencíamos, além de negligenciar registros necessários para a manutenção da certificação do sistema da qualidade, "entre outras cositas" que não julgo correto comentar.
Meu exemplo é regra? Claro que não!
Conheço diversos auditores que são também donos de suas próprias consultorias e que certamente são mais flexíveis, mantendo uma postura profissional equilibrada durante sua atuação como auditores;
Porém, a quem conhece outros casos semelhantes e, mesmo aos amigos empreendedores que decidiram ou precisaram retornar ao mercado, cabe a reflexão:
Quem esteve a frente de seu próprio negócio, fazia seus próprios horários, tinha seus próprios métodos, tinha a autonomia para tomar decisões que afetavam todo o negócio, terá a mesma facilidade de se adaptar à cultura de uma nova empresa do que aquele funcionário que não teve o prazer e a responsabilidade de lidar com estas diferenças?
Cada um(a) guardará a resposta para si, ou poderá compartilhar através da seção "Comentários" logo abaixo. Fica aqui o convite!
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Bem... Logicamente, a questão tem outro lado também: um "ex-empreendedor" pode ser visto como um "intra-empreendedor" melhorado!
Longe de mim "ensinar a missa ao vigário", mas em seus currículos e entrevistas, os "ex-empreendores" precisam enfatizar suas realizações, suas qualidades para tomada de decisões, sobretudo sob pressão, sua resiliência perante clientes e o próprio mercado, seu senso de responsabilidade sobre os funcionários e as famílias cujos empregos dependiam de sua boa liderança!
É certo, sobretudo hoje, quando o mercado carece de executivos treinados e preparados para assumir postos de alta gerência e diretoria (Veja aqui o post "A sucessão de lideranças nas organizações"), que para estes casos, os empreendedores são as pessoas ideiais!
E nestes casos, o custo não é fator tão determinante, pois aqui as empresas estarão pagando pelo talento destes profissionais, já desenvolvido e amadurecido, características que eu e outros profissionais jovens e/ou pouco experientes perseguem ávidamente.
Muito boa sorte ao colega de fórum em sua empreitada, e fica um lembrete às empresas que muitas vezes procuram formar internamente pessoas super competentes, sem ter o capital humano para tal: às vezes seu fruto está amadurecido, esperando por uma oportunidade de ser colhido lá fora!
É certo, sobretudo hoje, quando o mercado carece de executivos treinados e preparados para assumir postos de alta gerência e diretoria (Veja aqui o post "A sucessão de lideranças nas organizações"), que para estes casos, os empreendedores são as pessoas ideiais!
E nestes casos, o custo não é fator tão determinante, pois aqui as empresas estarão pagando pelo talento destes profissionais, já desenvolvido e amadurecido, características que eu e outros profissionais jovens e/ou pouco experientes perseguem ávidamente.
Muito boa sorte ao colega de fórum em sua empreitada, e fica um lembrete às empresas que muitas vezes procuram formar internamente pessoas super competentes, sem ter o capital humano para tal: às vezes seu fruto está amadurecido, esperando por uma oportunidade de ser colhido lá fora!
Sou um ex empresario que lutei com muita garra para salvar minha empresa das adversidades do mercado. Com pouco capital e credito muito limitado fui pego pela inadimplência e os altos impostos acabando por não conseguir empreender um novo avanço no mercado que atuava, tendo em vista que trabalhava no segmento de moveis e eletro- eletrônicos, atendendo a órgãos públicos que geraram inadimplência sem o menos constrangimento para os gestores e junto com a obrigação contratual da empresa continuar a fornecer sob pena de punições administrativas sem a contra partida de punição aos devedores na mesma ordem.Por fim fui obrigado a sair do mercado sem receber o que forneci por não ter conseguido saldar os imposto gerados pelas vendas que não recebi em tempo hábil. Experiência que me deixou mais cuidadoso e na escolha de clientes e na avaliação dos mesmos.
ResponderExcluirObrigado Luiz por sua colaboração no tema; Após alguns anos desde a publicação deste tópico não só tenho sabido de colegas que passaram pelo mesmo ou situação parecida com a questão dos pesados tributos estaduais e federais, como eu também já tive problemas relacionados quanto à inadimplência de clientes. Empreender no Brasil é um desafio diário, e realmente é necessário balancear viabilidade econômica e realização pessoal para persistir neste belo, porém difícil caminho. Um grande abraço!
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