O estresse é uma reação ancestral do organismo às situações de risco. Um alerta da pré-história para dotar o organismo de coragem e hormônios para superar grandes desafios. Tipo… matar um leão. Da idade das pedras onde homens eram caçadores e caçados ao terceiro milênio, o estresse continua sendo um “companheiro” de trabalho, às vezes bem vindo – quando cria uma ansiedade pelo bom resultado – e outras, de forma nociva. Quando imobiliza a equipe, cria ruídos e consequentemente traz resultados negativos para a empresa. Selecionamos aqui algumas dicas para detectar se o estresse é mesmo do ambiente de trabalho, se é culpa do seu gestor ou se é com você.
Ligue o radar:
1 – Recorrência de doenças oportunistas: se ultimamente vira e mexe falta alguém na equipe por gripe, virose, conjuntivite, o sistema imunológico da equipe está em baixa. Logo, o problema está na gestão da área.
2 – Reclamação de dores: dor nas costas pode ser má-postura, ou sintoma mesmo de estresse, assim como a dor de cabeça. Se você não é o único a reclamar, algo de errado está rolando.
3 – Entregas sofridas: bater metas, superar dificuldades e criar soluções inovadoras devem ser motivo de comemoração. Se os resultados chegam com sofrimento e sem muita empolgação é porque as expectativas entre empresa e colaboradores estão fora de sintonia.
4 – Briguinhas chatinhas: indiretas, ciúmes, cobranças, transferência de responsabilidade para projetos equivocados e fofoquinhas também demonstram que “o estresse do mal” está presente na área. Falta de boa comunicação, transparência e gestão de responsabilidades.
“No Stress” para gestores:
5 – Respeitar os limites da equipe: não adianta dar uma de bacana para a diretoria e arrebentar a equipe em dois meses para alcançar um resultado além das possibilidades. Primeiro porque a chance de alcançar um resultado consistente em um ambiente infernal é bastante arriscado; segundo porque perder talentos por causa de tiranias dos superiores imediatos é o campeão dos motivos de demissão. E como talentos estão escassos, é melhor gerenciar com os pés na realidade do que com equipes desfalcadas e sem motivação.
6 – Comunique-se: se a comunicação está travada, o clima na equipe está silencioso e escorregadio é hora de parar para conversar abertamente. Isso exige coragem e maturidade por parte do gestor. Saiba escutar a equipe. Muitas vezes são pequenos incômodos de simples solução que estão “estressando” todo mundo. Com abertura, você ganha na reflexão de problemas sob vários âmbitos diferentes e daí podem chegar soluções inovadoras para manter o pique da galera.
7 – Estimule momentos de relax: um dia alguém escreverá sobre a importância de um happy hour em um momento de crise. Pessoas, por mais capacitadas que sejam, são de carne, osso e moléculas de carência. Sentir-se prestigiado, querido, ter espaço para compartilhar dificuldades no andamento de projetos de forma descontraída pode colaborar muito para a volta de um ambiente de trabalho mais produtivo e uma equipe mais saudável.
8 – Delegue, não sobrecarregue: poucos gestores sabem a diferença entre saber delegar e sobrecarregar a equipe. Sem dizer que muitas vezes profissionais que estão loucos para assumir novas responsabilidades são subestimados, o que também causa estresse. Uma atitude muito simples pode ajudar imensamente sua equipe equilibrar o volume de trabalho: pergunte sempre quantas horas o seu funcionário estima para realizar a tarefa delegada. Nossa, tão simples! Experimente!
“Keep Calm” para mortais:
9 – Falta de grana: segundo pesquisas, a falta de grana é um dos principais motivos de estresse, que obviamente, vai com você para o local de trabalho. Consulte nosso post com dicas para planejamento financeiro e pegar algumas dicas para não cair na pindaíba. Mas o mais importante é saber discernir o que são seus problemas pessoais e o que são problemas relacionados ao seu trabalho, à sua rotina. Já é um passo e tanto não misturar as coisas.
10 – Exercite-se, respire! Se cada vez que eu escrevesse isso, perdesse 100 calorias, seria mais magra que a Gisele Bündchen! Mas é simples assim mesmo: caminhe sozinho ou com seu cachorro, faça alguma atividade física, ande de bike no final de semana, suba escadas. E respire profundamente. Quando a tensão vai do couro cabeludo até o dedão do pé, pare tudo na sua mesa e simplesmente, respire profundamente sentindo o ar tanto no abdômen como nos pulmões!
11 – Aceite seus limites: não adianta exigir de si mesmo características ou desempenhos que você não tem. Tipo falar em público se você gagueja só apresentar seu cartão de visita. Portanto, também não adianta topar desafios que você não será capaz de cumprir. O autoconhecimento nesse sentido, não é papo de autoajuda, é uma ferramenta que vai ajudá-lo a crescer na sua carreira para o resto da vida. Existem mapas de perfil e diagnóstico de características que podem ser realizados por coaches, psicólogos e até testes na internet. Recomendamos!
12 – O bom humor salva: às vezes o bicho pega – problemas profissionais, amorosos, financeiros resolvem aparecer assim, um depois do outro. E parece que não haverá solução. Mas se tem uma coisa boa no “envelhecer” é: passa. E você aprende milhares de coisas, atitudes, erros que não deve repetir, para o resto de sua vida. Não adianta ficar de mal humor. Veja vídeos engraçados no YouTube nas horas vagas, leia um livro light, porque o que não tem remédio, remediado está! Keep calm e um dia de cada vez!
Publicado originalmente em: Monster - Emprego e Carreira
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