O LinkedIn é uma rede de negócios fundada em Dezembro de 2002 e lançada em 5 de Maio de 2003. É comparável a redes de relacionamentos, e é principalmente utilizada por profissionais. Em Novembro de 2007, tinha mais de 16 milhões de usuários registrados, abrangendo 150 indústrias e mais de 400 regiões econômicas (como classificado pelo serviço).
Apesar do público direcionado, hoje em dia o que se nota é que o espaço e o conteúdo do debates passou a dar lugar a anúncios, ofertas de produtos e serviços "gratuitos" que na maior parte das vezes nada tem a ver com os diversos grupos de discussão idealizados e montados por seus participantes.
Exemplo claro da falta de sintonia entre os objetivos primários dos grupos de discussão e o que é praticado em seus fóruns é a insistência de muitas pessoas em publicar suas ofertas de emprego e de serviços no espaço reservado aos debates entre profissionais das mais diversas áreas.
Tudo isto acaba desmotivando à todos, minando o interesse nos grupos e reduzindo a participação e a colaboração efetiva dos profissionais através da troca de experiência vivida por eles, nos diversos segmentos que integram.
'Novatos' e até alguns mais experientes promovem ainda um averdadeira feira de modelos prontos de documentos, procedimentos e planilhas de cálculos, isso quando não utilizam os debates para solicitar cópias 'piratas' de normas e manuais. É impressionante como os debates mais ativos, na verdade contém centenas de posts com a famigerada frase: "por favor encaminhe também para mim no email 'nome@domínio.com.br'".
O fato é que não é possível negar a maioria destes fatos, porém ainda há muitos posts com informação e com artigos sérios e interessantes...
Sente-se realmente muita falta da troca de experiências, e de debates com argumentos, contra-argumentos e um esforço coletivo para se chegar à um denominador comum.
Penso que artigos e informações são bastante úteis (eu mesmo leio muitos); Já com relação às propagandas, ofertas de emprego e de produtos, como bem apontam inúmeros colegas de rede, há lugar específico para isso na maioria dos grupos do LinkedIn.
Há ainda a "pseudo-ciência", nova tendência na rede que promovida pelo pessoal da auto-ajuda que acredita que o universo conspira a nosso favor, mesmo se não estudarmos, pesquisarmos ou trabalharmos. Há até divulgação de palestra com um "Gestor de Almas" (???).
Sente-se realmente muita falta da troca de experiências, e de debates com argumentos, contra-argumentos e um esforço coletivo para se chegar à um denominador comum.
Penso que artigos e informações são bastante úteis (eu mesmo leio muitos); Já com relação às propagandas, ofertas de emprego e de produtos, como bem apontam inúmeros colegas de rede, há lugar específico para isso na maioria dos grupos do LinkedIn.
Há ainda a "pseudo-ciência", nova tendência na rede que promovida pelo pessoal da auto-ajuda que acredita que o universo conspira a nosso favor, mesmo se não estudarmos, pesquisarmos ou trabalharmos. Há até divulgação de palestra com um "Gestor de Almas" (???).
Quanto à este último, não tem jeito; Estamos sujeitos à este infame sub-produto da liberdade de expressão e da globalização em qualquer mídia hoje em dia, sobretudo mídias digitais veiculadas pela internet.
Como disse um colega de rede e de grupo, que "nossas senhoras de todos 'O Segredo', de todos os 'Quem somos Nós', de todos os 'Gerente Minuto' e de 'Quem mexeu no meu queijo', roguem por nós e pelas redes sociais sérias".
Outro colega de rede e de grupo mencionou, ainda neste tema, o caso do orkut, e lembro-me bem quando era preciso convite (e estes eram limitados) para ingressar naquela rede social; A maioria dos grupos era acadêmica, de grupos filosóficos ou de movimentos artísticos. Lembro-me que com muito custo consegui um convite de um amigo da Unicamp, pois queria melhorar meu inglês e fazer intercâmbio cultural com pessoas de outros países. E em menos de dois anos, o orkut era a rede social mais ordinária e odiosa que jamais vi... até pedófilos tinham (ou têm?) páginas no orkut!
Quando se vê que o problema chegou ao seu grupo preferido, pode-se criar novos grupos - na verdade estes se espalham na rede com extrema facilidade e absurda velocidade, inclusive oriundos de outros grupos e recrutando dentro deles! O melhor, entretanto, seria debater e, em conjunto, conversar e solicitar ao dono do grupo ('owner') para tomar ações que visem minimizar estes aspectos negativos com moderação.
Outra coisa que se faz necessária, é determinar e divulgar o máximo possível os objetivos e regras dos grupos dos quais se participa. Um 'owner' de um grupo bastante frequentado e lido no LinkedIn, que também é sócio-diretor de uma renomada consultoria empresarial da região, resolveu tornar aberto ao público em geral o grupo em questão. Não tardou a aparecerem spammers e pseudo-profissionais aproveitando-se do grupo como vitrine para oferecer seus produtos e serviços.
Muito depois este 'owner' desabafou em um post, amargurado e acusativo, que quase ninguém promovia debates sobre as normas de sistemas de gestão específicas para discussão no grupo; 'Taí' algo que fora surpresa até para mim, que mais leio do que escrevo: as pessoas não tinham ideia que o objetivo do grupo era discutir o texto e a aplicação das normas de gestão específicas que compõe o nome do grupo, e não as experiências profissionais do pessoal que trabalha com gestão da qualidade, certificada segundo estas normas. Por mais óbvio que possa parecer, muitos não haviam também compreendido o objetivo do grupo, à despeito dos repetitivos e-mails com regras e mais regras.
Assim foi que muitos falavam e publicavam assuntos relacionados ao dia-a-dia da qualidade e assim o triste amigo 'owner' criou um grupo com muitos profissionais e aspirantes que se transformou num happyhour à distância para os calejados profissionais da qualidade se encontrarem e falar sobre suas muitas dificuldades e algumas realizações do dia-adia, e ao mesmo tempo em uma vitrine digital pronta a oferecer produtos e serviços dos mais diversos, alvo para empreendedores e vendedores sem muita etiqueta profissional.
Desta forma, concluo defendendo que antes de desistirmos de nossos grupos virtuais (e até do espaço proporcionado pelas redes sociais) , devemos procurar nossos colegas de grupo (como o amigo Caio) e conversarmos; Com o resultado disto, pedirmos aos owners de nossos grupos prediletos que definam:
- quais os objetivos do grupo;
- quais as metodologias para alcançá-los;
- o que se pode e o que não se pode fazer ao participar do grupo; e
- quais as medidas cabíveis para os "infratores recorrentes".
- quais as metodologias para alcançá-los;
- o que se pode e o que não se pode fazer ao participar do grupo; e
- quais as medidas cabíveis para os "infratores recorrentes".
Ou um resumo de tudo isso:
MODERAÇÃO PARTICIPATIVA, À PARTIR DE OBJETIVOS E REGRAS ESTABELECIDOS E COMUNICADOS CLARAMENTE À TODOS.
MODERAÇÃO PARTICIPATIVA, À PARTIR DE OBJETIVOS E REGRAS ESTABELECIDOS E COMUNICADOS CLARAMENTE À TODOS.
Acredito que criar novos grupos não é a resposta. É adubar mais terreno para que as ervas daninhas continuem proliferando.
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