Pesquisar este blog

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Grupo Boticário desenvolve pele 3D no Brasil


Tecnologia inovadora reproduz a pele humana 
em laboratório, para a realização de testes de 
produtos cosméticos
O Grupo Boticário acaba de dar um passo à frente e se torna a primeira companhia a desenvolver a pele humana em laboratório no Brasil. A pesquisa e o desenvolvimento do material foram realizados pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, localizado na planta de São José dos Pinhais (PR). O material já é utilizado para o teste de matérias-primas e produtos acabados (cremes, loções e maquiagens), tanto para a escolha de ingredientes que serão usados nas formulações, quanto na segurança dos produtos. 

A tecnologia é um método alternativo aos testes em animais para a indústria cosmética, reconhecido pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para elaborar a pele 3D, são utilizadas células isoladas a partir de tecido descartado de cirurgias plásticas, nos casos em que há o consentimento do doador para este fim e aprovação de Comitê de Ética e Pesquisa da instituição. Em laboratório, a pele vai sendo formada, célula a célula, camada por camada, tal como a pele humana. Primeiro é feita a derme, composta por fibroblastos, que são responsáveis pela produção de proteínas, como colágeno, que dão firmeza e elasticidade à pele. A próxima camada a ser formada é a epiderme, compostas por células denominadas queratinócitos, responsáveis pelas funções de barreira e proteção do corpo, e também por melanócitos, que dão coloração à pele.

“Sabemos que o futuro a gente constrói hoje e, sobretudo, queremos que ele seja mais sustentável. A inovação é parte da essência do Grupo Boticário, que sempre investiu em métodos alternativos, e está na vanguarda da tecnologia para cosméticos. É por isso que queremos continuar sendo protagonistas nessa trajetória e inspirar mais pessoas e instituições a abraçarem essa causa com a gente”, explica o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, Richard Schwarzer.

“A companhia já não realiza testes em animais nos produtos que desenvolve há mais de 15 anos e apoia a eliminação dessa atividade com a adoção das melhores práticas para o desenvolvimento dos produtos”, completa o gerente de Pesquisa Biomolecular do Grupo Boticário, Márcio Lorencini.

Com a tecnologia inovadora, é possível realizar vários testes numa mesma unidade de pele reconstituída, que dura sete dias, em vez de 72 horas da pele in natura. A pele 3D permite ainda maior amplitude e mais assertividade nos testes, pois ela é elaborada a partir de um pool de células de vários indivíduos. 

Entre as vantagens apontadas estão: evitar testes em animais na indústria cosmética, redução no número de testes com humanos, maior fidelidade e confiabilidade aos testes dos produtos, possibilidade de se testar várias formulações e escolher a melhor em relação à eficácia.


Investimento e pioneirismo

O Grupo Boticário possui um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, compatível com o que há de mais avançado no mundo, dentro do segmento de perfumaria e cosméticos. A estrutura de mais de 8 mil metros quadrados de área construída, localizada em São José dos Pinhais (PR) e inaugurada em 2013, recebeu investimentos de R$ 37 milhões.

A empresa investe, ainda, anualmente, cerca de 2,5% de seu faturamento em Pesquisa e Desenvolvimento e lança de 1 mil novos produtos por ano. Foi a primeira a adquirir, no Brasil, no setor privado, em 2007, um cromatógrafo massa/massa – equipamento de cerca de R$ 1 milhão destinado a pesquisas com nanotecnologia. 

Também foi a primeira a aplicar nanotecnologia em cosméticos e a desenvolver um produto com triplananotecnologia – que permite a entrega direcionada dos ativos nas camadas da pele.

Publicado originalmente em LabNetwork
Acessado em 07/01/2016, 09:20 - Horário de Brasília



Nenhum comentário:

Postar um comentário