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domingo, 30 de setembro de 2012

Novos princípios da Gestão da Qualidade – primeiras impressões


BY RONALDO COSTA  – 5 DE SETEMBRO DE 2012


Nigel H.Croft disse, em seu recente artigo para a ISO – ISO 9001:2015 and beyond – Preparing for the next 25 years of quality management standards – que “O ISO / TC 176/SC2, em colaboração com seus colegas do SC1 (Conceitos e terminologia), procedeu recentemente a uma revisão completa dos princípios de gestão da qualidade. A partir disso, é agradável (mas não surpreendente) informar que eles resistiram ao teste do tempo, e que apenas alguns pequenos ajustes são necessários para atualizá-los para a próxima geração de normas de gestão de qualidade.”

Eu havia citado que haveria essa mudança, nesse artigo aqui.

Pouco antes, em Junho, o Hayrton Prado publicou em seu blog um artigo sobre a revisão da ISO 9001 – Lá estavam citados os prováveis novos princípios da Gestão da Qualidade (veja tabela abaixo)…

Como a ISO tem se preocupado em manter suas normas atualizadas no contexto mundial, refletindo as tendências de gestão empresarial e as novas tecnologias disponíveis, a revisão dos já clássicos Princípios da Gestão da Qualidade é muito bem vinda!

Vejam na tabela abaixo o que deve mudar:

Vou comentar apenas os que destaquei, pois os demais não deverão ser alterados significativamente. Antes, preciso lembrar a vocês que a interpretação oficial dos novos princípios da Gestão da Qualidade ainda não foi publicada pela ISO!

Engajamento e competência das pessoas x envolvimento das pessoas:
Atualmente:
Envolvimento das pessoas
Pessoas de todos os níveis são a essência de uma organização e seu total envolvimento possibilita que as suas habilidades sejam usadas para o benefício da organização.

Já ouviram que “de boa-intenção o inferno está cheio”? – Pois é… Eu interpreto a mudança desse Princípio como uma forma de focar melhor o envolvimento das pessoas: Engajamento é o ato de se comprometer seriamente com algo, uma ideia, um projeto… Mas para obter o sucesso é preciso conquistar o engajamento das pessoas certas, que possuem as competências necessárias para tornar real essa ideia ou projeto. Na criação e manutenção de um SGQ, todos devem estar envolvidos, claro! – Mas é importante que sejam engajadas as pessoas-chave, aquelas que tenham a autoridade, a competência e os conhecimentos necessários para levar adiante um SGQ sério e efetivo. Se não existirem essas pessoas na organização, caberia a ela formá-las.

Abordagem sistêmica x Abordagem de processo/Abordagem sistêmica da gestão
Atualmente:
Abordagem de processo
Um resultado desejado é alcançado mais eficientemente quando as atividades e os recursos relacionados são gerenciados como um processo.

Abordagem sistêmica da gestão
Identificar, entender e gerenciar os processos inter-relacionados, como um sistema, contribuir para a eficácia e eficiência da organização no sentido desta atingir seus objetivos.
Aqui entendo que a abordagem sistêmica da gestão passa obrigatoriamente pela abordagem de processo, sendo este o primeiro passo para se atingir a abordagem sistêmica; portanto vejo como natural que o atual princípio 5 absorva o 4, num movimento de maturidade conceitual, já que são mesmo interligados, ou melhor dizendo, complementares.

Colaboração na cadeia de valor x relacionamento mutuamente benéfico com fornecedores.
Atualmente:
Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores
Uma organização e seus fornecedores são interdependentes e uma relação de benefícios mútuos aumenta a capacidade de ambos em agregar valor.

A impressão que tive sobre esse princípio foi de que pretendem esclarecer os tais benefícios mútuos, pois na prática a relação fornecedor(es) x organização não é tão simples assim. Entendo que determinar claramente qual o nível de colaboração (ou participação) de cada um (sub-fornecedor, fornecedor, organização) nessa equação possa auxiliar bem mais a dimensionar o valor agregado por cada um no produto ou serviço, consequentemente estabelecendo níveis de criticidade e valorizando aos que mais (ou melhor) contribuam no processo.

Enfim, gostaria que participassem desse debate com seus comentários e, seria inestimável caso o Sr. Nigel pudesse nos brindar com seu conhecimento sobre o tema, falando um pouco mais sobre essas mudanças…

sábado, 22 de setembro de 2012

Dicas básicas para influenciar pessoas (sem manipulá-las)


Por: 

Autor americano ensina, em livro, quais as atitudes corretas para fazer mais gente jogar no seu time...



São Paulo – Independente do setor ou da função, a rotina de todo profissional é permeada por relacionamentos e negociações. Nestes momentos, é essencial saber comunicar bem o que você quer e, principalmente, ter argumentos claros para vender seu ponto de vista.

E no dia a dia, quais as dicas para transmitir a ideia de que vale a pena topas suas ideias ou confiar nas suas percepções. No livro “As 100 melhores ideias para ter o que se quer sem pedir”, o autor americano Richard Templar lista algumas ideias básicas sobre como influenciar pessoas sem manipulá-las:

Defina seus objetivos com precisão

As pessoas só seguem quem tem certeza do caminho e, principalmente, do lugar onde fica a linha da chegada. Quem negocia algo hoje e muda de opinião na manhã seguinte perde a credibilidade e a confiança aos olhos dos outros.
Não é por acaso que o autor do livro dedica três capítulos ao assunto. Segundo ele, é essencial saber o que você quer, os motivos para isso e o nível de prioridade de cada um dos seus objetivos. “Quanto mais claro você for sobre o que deseja, mais fácil será se concentrar nisso”, afirma Templar no livro.

Invista em equilíbrio emocional

Agora, não basta ser firme em suas opiniões e deixar no banco de reservas o equilíbrio emocional. Segundo o especialista, autocontrole deve ser a regra nas negociações formais e informais. “O que atrapalha a objetividade de todas as interações é a emoção. A emoção negativa para ser mais específico”, diz.

“Veja bem, não é uma questão de mostrar as justificativas para seus sentimentos, mas de aguentar aquilo que se deseja”, afirma o autor. Na prática isso significa que não vale, no mínimo, perder a compostura se alguém discordar de você.

Jogar indiretas, fazer chantagem emocional e outros sinais de falta de noção de relacionamentos também devem ser limados da sua conduta.


Não puxe saco. Não seja indiferente

A maneira como você se relaciona com as pessoas que estão ao seu redor pode ser decisiva para como elas irão reagir às suas ideias. Por isso (e não só por isso, claro), é essencial se importar, de verdade, com elas.

“As pessoas ficam muito incomodadas ao serem ignoradas ou desprezadas por alguém (...). Assim, mesmo que não pretenda desrespeitar e só está preocupado, ocupado ou com pressa, certifique-se de que nunca se esquecerá de demonstrar às pessoas que você as notou”, diz.

Na mesma medida que você deve prestar atenção as pessoas, você também não pode endeusá-las. Cuidado para não ganhar a fama de “puxa saco” e “inconveniente”. Elogie, mas sem se afastar da realidade e, principalmente, de quem você é. Segundo o autor, a maneira como você elogia diz muito sobre seus valores e sobre você. “Se for sincero é assim que irá soar. Se estiver inventando parecerá uma lisonja vazia”, afirma o especialista.

A medida é clara: importe-se com as pessoas (de verdade), agradeça quando for merecido, elogie sempre que necessário, seja leal e nunca (nunca mesmo) fale mal pelas costas.

A sua ideia não é a única verdade possível

É essencial ter em mente que, por mais apaixonante que ela seja, a sua visão sobre o mundo não é uma verdade absoluta – muito menos a única maneira de ver as coisas. Por isso, esteja aberto para ouvir outros pontos de vista. E aceitá-los. Sim, nas negociações, nos relacionamentos e na vida corporativa de uma maneira geral ceder é parte essencial do sucesso profissional.

Admitir que errou, dar alguns passos atrás e apoiar ideias alheias – mesmo se opostas às suas em um primeiro momento – é essencial.

Lance hipóteses

Nesta toada, uma dica para não parecer agressivo na sua abordagem e sinalizar seus interesses é lançar hipóteses, segundo o autor. Exemplos: “Se no futuro você precisar de mais um membro da diretoria, seria um prazer me envolver mais” ou “Se a Marina for transferida para o escritório de outra cidade, posso me candidatar à vaga dela?”. 

Planeje-se

Na hora de mostrar suas ideias ou fazer um pedido, o planejamento deve ser uma palavra de ordem. Segundo o autor, o pedido deve ser feito do jeito certo e na hora certa. E isso demanda tempo e preparo.
De acordo com ele, é essencial fazer um roteiro da sua abordagem e ensaiá-lo. Trace as rotas possíveis que a discussão pode tomar e quais as suas respostas para cada uma delas. Se alguma coisa sair do script, pense a respeito.
Mas, principalmente, não entregue os pontos apenas para evitar conflitos, se você está certo do que deseja.

As fases da vida profissional


De acordo com o escritor e conferencista Robert Wong, autor de O Sucesso está no Equilíbrio(Ed. Campus), a vida profissional passa por cinco fases distintas: Emprego –> Profissão -> Carreira -> Vocação -> Missão. É o que ele chama de Pirâmide de Realização no Trabalho ao estabelecer um paralelo com a Pirâmide da Hierarquia das Necessidades de Maslow, o psicólogo nova-iorquino que mapeou as necessidades humanas.

Isso significa que, num intervalo de 30 a 40 anos, a vida profissional pode oscilar em diferentes fases até que a pessoa encontre definitivamente a sua verdadeira missão, o que não é tão simples e vale a pena explorar um pouco mais, afinal, a escada corporativa é composta de inúmeros degraus e subi-la por inteiro requer habilidades que vão muito além do diploma e da experiência.

Durante os primeiros anos da vida profissional, ainda que você tenha cursado algo que nada tem a ver com a sua vocação, o que você realmente deseja é encontrar um bom emprego e esse é o caminho natural. Depois de um tempo você se questiona se bons empregos existem, porém, nessa fase, o importante é conseguir uma oportunidade para mostrar o potencial e tentar a tão sonhada independência financeira que o livrará, por ora, das amarras familiares, ou seja, das garras do pai e da mãe.

Num segundo momento o emprego não é suficiente para aplacar o seu crescente desejo de realização e a sua ilimitada necessidade de recursos financeiros, portanto, a consciência passa a pressioná-lo por mais crescimento profissional – poder, dinheiro e status - e você faz de tudo para encontrar uma profissão digna, capaz de lhe proporcionar valor, identidade e, principalmente, uma vida mais confortável sob todos os aspectos.

Aos poucos você vai entendendo os meandros da vida corporativa, levando muitas marteladas na cabeça, afinando o jogo de cintura e, então, bem mais experiente, conclui que o investimento realizado na Faculdade foi insuficiente. Pois bem, é hora de partir para uma especialização ou, quem sabe, para um negócio por conta própria, portanto, sua profissão está em fase de desenvolvimento.

De fato, o reconhecimento das escolhas erradas, a automotivação e a predisposição para novos desafios são as melhores alternativas para livrá-lo do marasmo e da procrastinação além de injetar ânimo na profissão que você escolheu (ou seus pais escolheram por você), mas ainda não lhe proporcionou o devido respeito e o mínimo sentido de realização.

Como se trata de um processo longo de evolução, certamente chegará o dia em que você encontrará a profissão ideal, porém à medida que o tempo vai passando, as necessidades mudam e as prioridades também, portanto, está mais do que na hora de você abraçar uma carreira sólida. Sob perspectivas nem sempre animadoras, você se divide entre subir a escada corporativa, na mesma empresa, e a mudança de emprego, sob novas perspectivas, afinal, qualquer mudança tende a ser positiva.

Construir uma carreira leva a um novo processo de desgaste, pois a zona de conforto atingida em determinado momento da vida é uma das maiores tentações do ser humano. Leva tempo para você aceitar o fato de que aquele cargo, aquela empresa ou aquele salário não mais satisfazem suas necessidades de status e de realização, mas enquanto o dinheiro estiver pingando regularmente na sua conta bancária, de quinze em quinze dias, a mente tende acomodá-lo até que você seja realmente defenestrado da empresa.

Apesar de tudo, graças aos conselheiros invisíveis, aos investimentos em cursos de especialização, aos idiomas que você agregou na consciência e, principalmente, aos resultados que você proporcionou, sua carreira vai indo muito bem. Como todo profissional em ritmo de extrema competitividade, foi necessário deslocar alguns concorrentes diretos, agüentar humilhações constantes do chefe, trocar de emprego várias vezes e, por fim, abrir mão de alguns princípios universais para quebrar determinadas barreiras e ser reconhecido perante a alta direção e isso faz parte do aprendizado.

Num dia qualquer você acaba se arrependendo de ter utilizado certas ferramentas e de ter tomado algumas atitudes impensadas para crescer no mundo corporativo e então, de maneira consciente, tenta compensar a sociedade com trabalhos voluntários, doação de parte da fortuna, utilização de um discurso mais ameno e solidário na sociedade e, tão importante quanto, passa a tratar os amigos, a esposa, os filhos e netos de forma mais amigável.

Antes de sua carreira chegar ao fim talvez você realmente encontre a vocação, a quarta etapa da Pirâmide de Realização no Trabalho. Lamentavelmente, a maioria dos profissionais espera a aposentadoria para de dedicar àquilo que os levará a uma vida plena de realizações. Todapessoa tem sua própria vocação, dizia Emerson. O talento é a vocação. Ao encontrá-la, o pensamento se alinha com a sabedoria divina, a vida entra no eixo da prosperidade e o trabalho passa a ter mais dignidade e mais sentido de realização. E, segundo Albert Camus, o grande filósofo francês, “não existe dignidade quando seu trabalho não é aceito livremente”.

Haverá o dia em que você encontrará a sua verdadeira missão e esse é o grande desafio. Espero que você não leve mais do que dez ou vinte anos a fim de aproveitar ao máximo o que a vida lhe oferece. A missão pessoal é um projeto de vida, uma experiência enriquecedora que acompanha o ser humano durante a existência, uma causa nobre que serve de base para o desenvolvimento pessoal e profissional.

Quando falo em missão pessoal durante as minhas palestras, muitos me olham com cara de desdém e imagino que fiquem pensando: quanta bobagem! Contudo, a missão pessoal permite concentrar esforços numa única direção, amplia o sentido de vocação, realça os pontos fortes do ser humano e, principalmente, estimula o sentido de realização.

Agora você já sabe o que fazer. Cada fase da escada corporativa é um desafio altamente estimulante. Como diria Robert Wong, não importa em que posição da pirâmide você está tampouco se você esteve no topo e agora não está mais. É possível que durante a vida profissional você alterne várias vezes entre a base e topo da pirâmide, por inúmeras circunstâncias que nem sempre dependem do seu controle. O que importa é não perder de vista o topo e persegui-lo com todas as suas forças.

Por fim, lembre-se, quando você perde os documentos ou apenas a carteira de identidade, perde também a referência, o rumo e, temporariamente, a motivação. Para recuperá-los, a dor de cabeça é imensa. Com a missão pessoal não é diferente. Você demora a encontrá-la, mas quando a encontra não quer perdê-la nunca mais.
Pense nisso e seja feliz!


Por: Jeronimo Mendes

Qualidade com autoridade ou submissa?



O que a empresa quer? Uma Qualidade com autoridade ou uma Qualidade submissa a outros interesses que não as dos clientes?Passa empresa, passa estrutura, passam níveis hierárquicos e continuamos vendo que as pessoas não entendem a importância da imparcialidade de um processo de Qualidade.

Por isso a indústria automobilística e a aeronáutica, respectivamente através da ISO/TS 16949 e a ISO 15100 dá poderes à equipe da Qualidade até de parar uma linha de produção. A Qualidade não pode e não deve ser subordinada a quem toma decisões relativas a produtividade, dinheiro, etc., pois esses interesses serão sempre maiores do que o primeiro princípio da Qualidade, Foco no Cliente.

Eu era gerente industrial numa empresa e comandava vários processos entre eles a Qualidade e fui auditor na auditoria interna e tomamos uma não conformidade pela auditoria da certificadora, por isso. Como eu, comandando a Qualidade, poderia estar isento numa auditoria dos meus próprios processos? Nunca é bom escutar, ainda mais diante de todos os processos, que a Qualidade não pode fazer o que deve fazer, isto tira toda a sua autoridade de pensar exclusivamente no cliente, ela é o representante do cliente na empresa. Nunca o desabastecimento, a parada de produção, etc., pode ser mais importante do que barrar um produto ruim de ser entregue ao cliente.

Cito o exemplo da Toyota que, ao ter necessidade de recall no seu carro, o seu presidente veio a público afirmando que tinha parado a produção até se identificar o problema, mostrando preocupação com os clientes.

A peça tem problema, mas o mercado não pode ficar sem ela até se resolver o problema? Converse com o seu cliente, explique o que deve ser feito e consiga uma evidência para mostrar á Qualidade que estão sendo enviados, itens com problemas ao cliente, contudo com a sua aprovação e um prazo definido para se resolver esse problema.

Senão a Qualidade terá, sim, autoridade para impedir que esses itens sejam enviados para o cliente. Ou pode abrir uma não conformidade maior porque a empresa sabe que os itens estão com problemas, o cliente não está sendo atendido nas suas necessidades e expectativas e, mesmo assim, está entregando a ele peças ruins...

Claro que ninguém deve ser louco de pensar só no cliente em detrimento da sustentabilidade econômica da empresa, contudo, aprenda a escutar mais a Qualidade e não a tratar como culpada pela não qualidade.

A Qualidade não faz qualidade, quem a faz errada é o processo Comercial pensando só em lucro, o processo de Suprimentos pensando em só comprar mais barato, a Engenharia qurendo economizar nos projetos e todos não sabendo identificar as necessidades e expectativas dos clientes. esse cliente não compará mais e a empresa só venderá uma vez..

Gestão da Qualidade e Gestão Estratégica – Matriz de Decisões



As ações estratégicas são expressões de diretrizes e objetivos para a execução de determinada atividade, de maneira que cada trabalhador participe de determinado  processo e saiba como contribuir para a consecução da Visão de Futuro. Quando essas ações forem definidas, e a Matriz FOFA (Análise SWOT) propicia isso, precisaremos desdobrá-las em todos os níveis da empresa, fazendo valer o grande esforço demandado até este momento, ou seja,  a empresa cria e define ações nas quais acredita. No fundo, é uma declaração das necessidades baseadas nos valores estratégicos que deverão ser praticados. Mas é preciso ter cuidado, pois o gestor vai ter de praticar aquilo no que acredita.

Se as ações estratégicas ficarem apenas no papel, a empresa pode apresentar uma doença perigosa, conhecida como hipocrisia empresarial. Traduzindo em miúdos, é falar uma coisa e fazer outra. Nessa situação o  gestor poderá entrar no pior dos mundos: ficará desacreditado, seus clientes desaparecerão e os seus colaboradores ficarão desorientados. Portanto é necessário  fugir da hipocrisia empresarial e  fazer acontecer. Pode-se fazer isso medindo, discutindo, fazendo e refazendo, enfim, movimentando, agindo e caindo dentro, pois   o objetivo do planejamento de ações é utilizar as fortalezas para explorar as oportunidades e defender-se de suas ameaças ou corrigir as fraquezas para que nenhum concorrente possa explorá-las.

Esse conjunto de atividades, chamado de Plano de Ações, deve expressar o caminho rumo à  Visão de Futuro. Realizar esse plano de ações é o caminhar em direção aos objetivos, é a empresa realizar a sua Missão. (Para aqueles que não se lembram qual é a missão da empresa, é aquela mesma que está descrita no Certificado de Qualificação ISO 9001).

E esse caminhar não para nunca, a menos que se feche a empresa. Se os dirigentes quiserem deixar a empresa para seus filhos ou sucessores, há que lembrar-se de que há aqui duas certezas: a de estar sempre desejando chegar a algum lugar e a de que é preciso continuar caminhando. Com certeza muita gente conheçe algumas pequenas, médias ou grandes empresas que têm mais de 50 anos, na verdade algumas vão rumo ao centenário. E quais são suas características principais? Entre tantas outras, foi terem perseguido continuamente uma série de Visões de Futuro, e, quantos sonhos se terá, é que vai determinar a série de Visões de Futuro que se vai perseguir. Sonhar é preciso, mas também é preciso se mexer para chegar lá. E nesse caso o uso das ferramentas é fundamental. Dentre as quais podemos citar a Matriz de Decisão, que vem a ser uma ferramenta que possibilita tomar decisão entre algumas alternativas, ponderando diferentes critérios de avaliação.

Forma-se uma matriz de decisão que vai revelar os pontos fortes e fracos de cada alternativa. Quem utiliza essa ferramenta na organização é quem tem poder para tomar decisão sobre alguma situação. Quando usa-la,  será sempre que for necessário selecionar uma opção entre um pequeno número de outras. Normalmente, as equipes de melhoria encontrarão alternativas de solução para uma situação e as levarão à instância de poder decisória para a escolha daquela que deve ser implementada. E por quê? porque toda decisão deve ser tomada levando em conta alguns critérios que sejam coerentes, e a Matriz de Decisão possibilita ponderar até cinco critérios diferentes. Como usa-la?
  • a) Escreva de forma clara o problema;
  • b) Relacione as alternativas de solução do problema a serem analisadas;
  • c) Escolha os critérios para avaliação das alternativas, colocando-os em ordem de importância. Atribua peso a cada um deles. Os pesos devem ser dados de acordo com o problema.
Exemplo: 1 a 5 (os mais relevantes em relação ao problema recebem peso 5 e os de menor importância, peso 1);
  • d) Construa a matriz colocando as alternativas e os critérios em eixos diferentes;
  • e) Compare cada alternativa com cada um dos critérios, dando-lhe uma nota na proporção que atenda bem ou mal a cada critério. Para facilitar, faça a seguinte pergunta: A alternativa 1 vai me dar uma boa solução (em relação aos critérios) e dê a  nota de 1 a 5 (caso a alternativa represente uma boa solução, dê nota alta; caso seja uma solução ruim, dê a nota mais baixa);
  • f) Multiplique a nota de cada alternativa pelo peso de cada critério e obtenha a nota ponderada;
  • g) Some, para cada alternativa, todas as notas ponderadas obtidas;
  • h) Verifique qual alternativa obteve o maior número de pontos. Esta é a vencedora.

O objetivo é elaborar a priorização e o planejamento das ações estratégicas para a correção ou melhoria dos objetivos propostos. Priorizar o fortalecimento das características dos Fatores Críticos de Sucesso é uma regra a ser seguida, além, também, de defender-se de ameaças que estiverem atacando as fraquezas da organização e aproveitar as oportunidades possíveis com as fortalezas, o que irá permitir que se aproveite novas oportunidades.

Todo esse planejamento poderá não sair do papel, portanto é  preciso fazer uma análise de consistência nas ações propostas para verificar se tudo pode ser executado pelas pessoas previstas, no tempo previsto, com os recursos de que dispõe, entre outros.

Mas e  o pensamento estratégico? O pensamento estratégico irá ocorrer quando o gestor  já tiver todas essas análises em sua mente, sendo capaz de tomar as decisões a qualquer instante, com um simples SIM ou NÃO. A todo novo fato que surgir e você propuser uma ação, será capaz  de  fazer  uma  breve  análise comparativa com tudo até aqui definido. E essa vivência da estratégia  é  o  pensamento  estratégico. Numa  velocidade tal que a análise se torna síntese. Mas não se esquecendo nunca deste mantra:

  • Priorizar o fortalecimento das características dos Fatores Críticos de Sucesso;
  • Defender-se de Ameaças que estiverem atacando as  Fraquezas;
  • Aproveitar as Oportunidades possíveis com as Fortalezas;
  • Eliminar as Fraquezas, o que irá permitir que se aproveite novas Oportunidades.
  • Reforçar as Fortalezas atacadas por Ameaças.

Resultados e efetividade dos processos. Mas o que vem a ser isso? Como avaliar? Qual será o impacto disso na empresa?


Um tema importante que deve ser abordado na nova ISO 9001:2015 é o que versa sobre resultados e efetividade dos processos. Mas o que vem a ser isso? Como avaliar? Qual será o impacto disso na empresa?
Para responder essas questões, primeiro precisamos recordar conceitos como eficácia e eficiência. São eles que nos levam ao patamar de efetividade dos processos. A ISO 9000:2000 diz o seguinte:
3.2.14
Eficácia:
 extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados, alcançados.
3.2.15
Eficiência:
 relação entre o resultado alcançado e os recursos usados.
Para entender esses conceitos, se precisar veja um exemplo aqui.
O grau de efetividade dos processos eu defino como a soma de eficácia e eficiência. A efetividade deve ser contínua e se possível ampliada, proporcionando um grau elevado de estabilidade ao processo avaliado.
Todos nós sabemos que uma empresa existe para ter lucro, certo? – E para isso, é necessário que busque maior eficácia e eficiência em todos os seus processos. Sem algum tipo de controle sobre eles fica impossível saber se estão ou não atingindo da melhor forma seus objetivos.
É aí que entra a questão dos indicadores, gente. Somente através de (bons) indicadores é que podemos avaliar a efetividade de nossos processos! Se esse tema realmente for adotado pela ISO 9001:2015 as empresas certificadas serão direcionadas a uma melhoria de gestão, não apenas da Qualidade, mas da organização como um todo!
Com bons indicadores sobre os processos chave, a empresa sai do amadorismo administrativo e cresce de forma saudável e segura. Mas não podemos esquecer que ter indicadores não basta: é preciso gerenciar esses indicadores, discutir seus resultados e tomar ações quando necessário! Vejo muitos indicadores por aí que deixam claro que não são gerenciados. Eles mostram ao menos um desses “pecados”:
- Nunca atingem a meta e não existe evidência de tratamento das causas;
- Possuem metas medíocres ou obviamente irreais;
- Estão sempre desatualizados;
- Medem o que não interessa de fato;
- São de difícil interpretação;
- Possuem intervalos de medição muito longos.
Ter um sistema de indicadores efetivos envolve toda a organização. Engana-se quem pensa que apenas a Qualidade deve ser responsável pelos indicadores! Todo o corpo de gerentes deve participar e a Direção deve cobrar uma posição periódica deles, incluindo ações necessárias. A Direção também precisa entender como são feitos, o que medem e se isso está alinhado com a estratégia da organização.
Percebem que, mesmo que a ISO não adote esse tema como requisito, seria muito bom para sua organização que o considere seriamente? Ter um Sistema de Medição de Desempenho pode ser ótimo, e em breve vou explicar como desenvolver um, aguardem!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Termos e Definições: Inteligência Emocional

"Inteligência emocional  é a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros."



Divide-se em quatro domínios:


  • Percepção das emoções - inclui habilidades envolvidas na identificação de sentimentos por estímulos, como a voz ou a expressão facial, por exemplo. A pessoa que possui essa habilidade identifica a variação e mudança no estado emocional de outra.


  • Uso das emoções – implica na capacidade de empregar as informações emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio.

  • Entender emoções - é a habilidade de captar variações emocionais nem sempre evidentes;

  • Controle (e transformação) da emoção - constitui o aspecto mais facilmente reconhecido da inteligência emocional – é a aptidão para lidar com os próprios sentimentos.




Por que não?

Alguns homens vêem as coisas como são, e dizem 'Por quê?' Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo 'Por que não?."

George Bernard Shaw

domingo, 16 de setembro de 2012

CPM - Método do Caminho Crítico




Para resolver as questões que o diagrama de Gantt não consegue solucionar, foram criados os métodos PERT CPM.

Os métodos PERT (Programa de Avaliação e Técnica de Revisão) e CPM (Método do Caminho Crítico) foram criados em 1958. O PERT foi desenvolvido pela NASA com o fim de controlar o tempo e a execução de tarefas realizadas pela primeira vez.

O CPM foi criado na empresa norte-ameriçana Dupont com o objetivo de realizar  as paradas de manutenção no menor prazo possível e com o nível constante de utilização dos recursos.

Os dois métodos são quase idênticos; porém, as empresas, em termos de manutenção, adotam basicamente o CPM.

Método CPM

O CPM se utiliza de construções gráficas simples como flechas, círculos numerados e linhas tracejadas, que constituem, respectivamente:

a) o diagrama de flechas;
b) a atividade fantasma;
c) o nó ou evento.

Construção do diagrama CPM:

Para construir o diagrama é preciso ter em mãos a lista das atividades, os tempos e a sequência lógica. Em seguida, vai-se posicionando as flechas e os nós obedecendo a sequência lógica e as relações de dependência. Abaixo de cada flecha, coloca-se tempo da operação e acima, a identificação da operação.

Exemplo:

Um torno apresenta defeitos na árvore e na bomba de lubrificação e é preciso corrigir tais defeitos.

O que fazer?

Primeiramente, listam-se as tarefas, dependências e tempos, numa sequência lógica:



A seguir constrói-se o diagrama:



O caminho crítico:

É um caminho percorrido através dos eventos (nós) cujo somatório dos tempos condiciona a duração do trabalho. Por meio do caminho critico obtém-se a duração total do trabalho e a folga das tarefas que não controlam o término do trabalho.

No diagrama anterior há três caminhos de atividades levando o trabalho do evento 0 (zero) ao evento 5:

a) A — B — D — F, com duração de 11 horas;
b) A—C—E— F, com duração de 9 horas;
c) A — B — imaginária — E — F, com duração de 10 horas.

Há, pois, um caminho com duração superior aos demais, que condiciona a duração do projeto. E este o caminho critico. A importância de se identificar o caminho crítico fundamenta-se mios seguintes parâmetros:

a) permitir saber, de imediato, se será possível ou não cumprir o prazo anteriormente estabelecido para a conclusão do plano;
b) identificar as atividades críticas que não podem sofrer atrasos, permitindo um controle mais eficaz das tarefas prioritárias;
c) permitir priorizar as atividades cuja redução terá menor impacto, antecipação da data final de término dos trabalhos, mio caso de ser necessária uma redução desta data final;
d) permitir o estabelecimento da primeira data do término da atividade;
e) permitir o estabelecimento da última data do término da atividade,

Frequentemente, o caminho critico é tão maior que os demais, que basta acelerá-lo para acelerar todo o trabalho.

Tendo em vista o conceito do caminho crítico, pode-se afirmar que as tarefas C e E do diagrama anterior podem atrasar até duas horas sem comprometer a duração total.


Fonte: SAMPAIO, Adrian; TPM – Manutenção Produtiva Total

Bibliografia:
TPM/MPT – Manutenção Produtiva Total
Yosikazu Takahashi/ Takashi Osada – Ed.: IMAM-1993

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

PURA : ISTO É DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. E TAMBÉM É LEI.


Ola amigo do Desenvolvimento Sustentável, espero que esteja bem.

Vamos tratar hoje do uso racional da água. Você conhece o PURA?

PURA significa Programa de Uso Racional da Água, uma criação da SABESP junto com a FECOMERCIO visando a importância do uso racional de água, poupando este recurso natural e essencial, contribuindo para preservar o meio ambiente e criando oportunidades de redução de custos.

Antes de nos aprofundarmos neste item, devemos entender que a ÁGUA é usada em diversos processos industriais e segue abaixo alguns exemplos de utilização e suas perdas. Estas estimativas São levantadas de várias fontes.

A água está por trás de cada alimento e bem de consumo, que requerem ao longo da cadeia de suprimentos, água na forma de irrigação para plantio, lavagem dos produtos, vapor produzido nas caldeiras, limpeza de tanques e reatores industriais, no resfriamento de máquinas e fornos e em várias outras aplicações no setor produtivo.

PRODUTO
VOLUME (litro por unidade)
Fonte
Computador
1.500
Usfm
Frango (1 Kg)
3.500 a 3.700 (em toda cadeia de suprimentos)
Forum Socioal Mercosul
Trigo (1kg)
500 a 4.000 (em toda cadeia de suprimentos)
Forum Socioal Mercosul
Milho (1 Kg)
1.180 (em toda cadeia de suprimentos)
Water Footprint
Café (1 kg)
21.750 (em toda cadeia de suprimentos)
Waterwise
Plástico (1 kg)
189 (em toda cadeia de suprimentos)
Waterwise
Aço (1 kg)
235 (em toda cadeia de suprimentos)
Waterneutral
Sapato de couro bovino
4.100
Waterwise
Hospitais
250 (por leito)/dia
NUNES, Riane Torres (2006)
Industria
50 a 70 (para fins higiênicos por fncionários)
NUNES, Riane Torres(2006)       

A BIOTERA, Empresa especializada no desenvolvimento de projetos e negócios para o Desenvolvimento Sustentável, é composta por uma equipe multidisciplinar voltada para projetos de redução de água, redução de energia, redução e customização na geração de resíduos, entre outros.

Por meio deste projeto, o consumo de água do seu Negócio pode ser reduzido de forma significativa, de uma maneira inteligente e ambientalmente correta. As soluções para diminuir o consumo de água são compostas de diversas ferramentas, desde um simples reparo até a adotação de tecnologias limpas, já disponíveis no mercado a preços acessíveis.

Resalto que a lei 12.526/07 do Estado de São Paulo, mais conhecida com Lei das Piscininhas que estabelece normas para contenção de enchentes e destinação de águas pluviais. Basicamente, a lei dita a necessidade de reservatórios que serão instalados em empreendimentos cujo áreas de impermeabilização ultrapasse 500m2.

DESPERDÍCIO:
  • Gotejamento   = 1.380 litros por mês
  • Filete de 1mm =  62.640 litros por mês
  • Filete de 2mm = 135.350 litros por mês.

    BENEFÍCIOS:
  • Reduz o consumo e o desperdício de água, gerando uma economia de no mínimo 10% e em geral da ordem de 20 a 40 %;
  • Conscientiza os Colaboradores, Terceiros, Clientes, Fornecedores, Governo, Sindicato, etc sobre a preocupação com o meio ambiente, economizando água – um recurso natural escasso;
  • Agrega valor ao negócio, reduzindo despesas e custos operacionais;
  • Evidencia a responsabilidade ambiental do seu Negócio e seu esforço na construção da Sustentabilidade;
  • Aumenta a vida útil das instalações ao evitar problemas como umidade e mofo atingindo pintura e acabamento até danos à estabilidade estrutural por corrosão do concreto e armação metálica.

   Estabelecimentos onde o programa pode ser introduzido:
  • Shopping-centers
  • Supermercados e lojas
  • Lavanderias
  • Indústrias
  • Condomínios
  • Prédios de escritórios
  • Universidades
  • Escolas
  • Hospitais

A BIOTERA, conta com parcerias com Empresas de equipamentos e de Institutos de Pesquisas e Tecnologias na busca de soluções ambientalmente saudáveis para os seus Negócios.

    Algumas alternativas:
  • Substituição de equipamentos obsoletos;
  • Utilização de redutores em lugares apropriados;
  • Captação e reutilização de água de chuva para fins não potáveis;
  • Aproveitamento de águas de efluentes conforme suas necessidades para uso não potável.
  Através de um diagnóstico inicial, a BIOTERA direciona você a adotar soluções sob medida para seus Negócios.

Conte conosco.