Já é sabido que o clima global
vem se alterando ao longo dos anos. Desde a Revolução Industrial em meados do
século XVIII, a concentração atmosférica de gás carbônico (CO2) na
atmosfera aumentou aproximadamente 35%, sendo que nas últimas décadas, cerca de
80% desse aumento deriva da queima de combustíveis fósseis, e cerca de 20%
advém do desmatamento e de mudanças nas práticas agrícolas.
Este aumento colabora para o
chamado Efeito Estufa, que nada mais é que a retenção de calor pela atmosfera
do planeta, impedindo-o de se dissipar no espaço, já que o gás carbônico (CO2)
é um dos Gases do Efeito Estufa
(GEE) ao lado de o metano (CH4),
o óxido nitroso (N2O), Perfluorcarbonetos (PFC's ) e também o vapor
de água.
Desde a instituição do Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas, mais conhecido pelo acrônimo IPCC
(da sua denominação em inglês Intergovernmental
Panel on Climate Change) em 1988 pela iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA) e da Organização
Meteorológica Mundial (OMM), o amplo consenso entre os cientistas do clima
de que as temperaturas globais continuarão a aumentar tem levado nações,
estados, empresas e cidadãos a implementar ações para tentar reduzir o
aquecimento global ou ajustar-se a ele.
Com esperança de que os
permanentes estudos e o grande número de ações civis poderão um dia resultar em
uma mudança cultural e meios economicamente viáveis de enfrentar de forma
eficaz ações antrópicas que emitem gases-estufa, muitas empresas aderiram à
programas para redução da emissão dos gases do efeito estufa (GEE).
Parafraseando Edward Deming:
não se pode gerenciar o que não se conhece
Aqui nasce o inventário do carbono,
que nada mais é do que um relatório visando entender e quantificar, permitindo assim gerenciar
emissões de gases do efeito estufa (GEE).
Uma das principais ferramentas para confecção deste
relatório é o GHG Protocol, que foi originalmente desenvolvido nos Estados
Unidos, em 1998, pelo World Resources Institute (WRI) e é hoje o
método mais usado mundialmente pelas empresas e governos para a realização de
inventários de GEE. É também compatível com a norma ISO 14.064 e com os métodos
de quantificação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
No Brasil, Em 2008, o método
foi adaptado ao contexto nacional pelo GVces e pelo WRI em parceria com o
Ministério do Meio Ambiente, com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), com o World Business Council
for Sustainable Development (WBSCD) e 27 Empresas Fundadoras.
Fontes: Wikipedia, GHGProtocol Brasil, WWF Brasil
Fábio Carvalho possui vivência de mais de dez anos implementando, coordenando e auditando Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental. Auditor Líder em ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001 e Auditor independente para certificação de Produto junto ao Inmetro; Consultor em Sistemas de Gestão ISO 9001, ISO 14001, ISO IEC 17025 e ISO TS 16949.
Você sabe o que é Inventário de Carbono? de Fábio Carvalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
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