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sábado, 19 de março de 2016

Relatório do IPCC é traduzido para o português pela primeira vez


A Iniciativa Verde, por meio do projeto Adaptação às Mudanças Climáticas no Litoral Sul de São Paulo em parceria com o Instituto HSBC Solidariedade, traduz pela primeira vez em português o “Sumário para tomadores de decisão do 5º Relatório de Avaliação do IPCC, Grupo de Trabalho II – Impactos, Avaliação e Vulnerabilidade” (são 46 páginas) do 5º Relatório de Avaliação do Clima do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). A versão foi autorizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), responsável pelo IPCC. O documento está disponível online por meio da seção Nossas Publicações, no site da Iniciativa Verde.

O sumário foi entregue em abril para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul, no estado de São Paulo, local onde o projeto foi desenvolvido. “Ele é fundamental para a criação de políticas públicas que visem a adaptação de nossos ecossistemas e populações para os impactos das mudanças climáticas globais”, diz Lucas Pereira, diretor técnico da Iniciativa Verde.O objetivo é que o documento seja usado como base para a aplicação de ações de adaptação às mudanças climáticas e para que todos os interessados, mesmo aqueles que não participaram do projeto, tenham acesso ao documento. Além disso, o relatório traduzido é um dos produtos resultado do projeto executado pela Iniciativa Verde.

O relatório lançado em inglês em 2014, o mais recente do IPCC, apontou que o aquecimento global é uma realidade e a contribuição do ser humano é significativa para a ocorrência de fenômenos ligados às mudanças climáticas. Por isso, devemos agir imediatamente em escala global para reverter o que for possível. Leia um resumo do documento feito pelo biólogo Magno Castelo Branco, doutor em Ecologia e Recursos Naturais.

Para saber mais sobre o Projeto Mudanças Climáticas e o Futuro das Comunidades do Litoral Sul Paulista, acesse: http://www.iniciativaverde.org.br/programas-e-projetos-hsbc-solidariedade.php .

Publicado originalmente em  Iniciativa Verde
Acessado em 19/03/2016, 14:20 - Horário de Brasília


segunda-feira, 14 de março de 2016

SMED - Troca Rápida de Ferramenta



SMED (Single-­Minute Exchange of Die - Troca em tempo de um dígito) ou Troca Rápida de Ferramentas (TRF) é uma das ferramentas do Sistema de Produção Lean, criada por Shigeo Shingo em 1970, cujo objetivo é obter um tempo de setup* com número de um dígito, isto é, menos de 10 minutos.

*Setup = procedimento de substituição de ferramentas e/ou dispositivos em uma linha ou equipamento em função da necessidade de produzir um modelo de peça diferente.

Foi aplicado pela primeira vez na Toyota Motor Co. (Sistema Toyota de Produção) e é também conhecido como "Tempo de Changeover", oferece dentre suas principais vantagens Simplificação da Preparação, Flexibilidade, Redução do Tamanho de Lote, Melhor Qualidade e Maior Produtividade.

Alguns resultados surpreendentes podem ser verificados através dos exemplos abaixo:

• Injetora:  redução do tempo de setup de  190  minutos  para  7  minutos  (96%)  
• Mandriladora  de  6  fusos: redução do tempo de setup de  12  Horas  para  20  minutos  (97%)  
• Prensa  de  150  toneladas: redução do tempo de setup de  60  minutos  para  15  minutos  (75%)  
• Dobradeira: redução do tempo de setup de  66  minutos  para  21  minutos  (69%)  
• Retífica  interna: redução do tempo de setup de  197  minutos  para  47  minutos (76%)

Para implementar o SMED na prática, podemos destacar os seguintes passos:

1° Identificar e cronometrar todas as fases do setup;
2° Separar as operações com a máquina parada;
3° Separar operações fora da máquina;
4° Eliminar os tempos das operações fora de máquina;
5° Transformar tarefas internas em externas;
6° Padronizar ao máximo o processo (alturas, parafusos, presilhas, etc.);
7° Redução dos ajustes internos da máquina.

Confira os comentários do Prof. Wanderson Paris no vídeo:


Veja agora um exercício proposto pela Prof. Dra. Silene Seibel da Universidade do Estado de Santa Catarina:


A  empresa  XYZ  trabalha  20  horas  por  dia,  22  dias  por  mês.  
Velocidade  de  produção  180  peças  por  hora.  
Leva  30  minutos  para  trocar  os  estampos  da  Printer.  
Faz-­se,  em  média,  4  trocas  por  dia.  
Cada  peça  que  a  empresa  vende,  ganha  R$  5,00  

Calcule:  

a)Quanto  a  empresa  ganha  a  mais,  em  um  mês,  se  a  velocidade  de  produção  for  de  198  peças  por  hora.  

Ganhos  com  a  produção  atual  :  
22  dias/mês  x  20  hrs/dia  x  180  pçs/hrs  =  79.200  pçs/mês  (sem  setup)  

Descontando  o  setup:  
22  dias/mês  x  2  hrs/dia  x  180  pçs/hrs  =  7.920  pçs/mês  (perda  de produção!!!  10  %  !!!)  
Total  :  (79.200  –  7920)  pçs  x  R$  5,00  =  R$  356.400/mês  

Se  aumentar    a  velocidade:  
R$  392.040,00  

Diferença  
R$  392.040,00  –  R$  356.400,00  =  R$  35.640,00  (10% a mais)


b)  Quanto  a  empresa  ganha  a  mais,  em  um  mês,  se  reduzir  o  tempo  de  setup  em  90%  (velocidade  =  180  peças/hora) ?

22  dias/mês  x  20  hrs/dia  x  180  pçs/hrs  =  79.200  pçs/mês  (sem  setup)  

Descontando  o  setup:  
22  dias/mês  x  0,1  x  2  hrs/dia  x  180  pçs/hrs  =  792  pçs/mês  (perda de  produção de apenas 1  %)  
Total  :  (79.200  –  792)  pçs  x  R$  5,00  =  R$  392.040/mês  

Se  melhorar  o  setup,  comparando:  
R$  392.040,00  -­  R$  356.400,00  =  R$  35.640,00  (10% a mais)


Como podemos conclluir comparando  as  duas  alterações, ambas levam ao mesmo resultado, um ganho de 10% na produção, com a diferença que aumentar a velocidade da produção na   maioria   das   vezes   inclui custos   adicionais   (horas   extras, energia, dentre   outros), enquanto  melhorar  o  setup  disponibiliza  o  mesmo  ganho  com  invesImento  baixo  e  unitário.




Fábio Carvalho possui vivência de mais de dez anos implementando, coordenando e auditando Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental.



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SMED - Troca Rápida de Ferramenta de Fábio Carvalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.

terça-feira, 8 de março de 2016

Você sabe o que é Inventário de Carbono?


Já é sabido que o clima global vem se alterando ao longo dos anos. Desde a Revolução Industrial em meados do século XVIII, a concentração atmosférica de gás carbônico (CO2) na atmosfera aumentou aproximadamente 35%, sendo que nas últimas décadas, cerca de 80% desse aumento deriva da queima de combustíveis fósseis, e cerca de 20% advém do desmatamento e de mudanças nas práticas agrícolas.

Este aumento colabora para o chamado Efeito Estufa, que nada mais é que a retenção de calor pela atmosfera do planeta, impedindo-o de se dissipar no espaço, já que o gás carbônico (CO2) é um dos Gases do Efeito Estufa (GEE) ao lado de o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), Perfluorcarbonetos (PFC's ) e também o vapor de água.

Desde a instituição do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, mais conhecido pelo acrônimo IPCC (da sua denominação em inglês Intergovernmental Panel on Climate Change) em 1988 pela iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da Organização Meteorológica Mundial (OMM), o amplo consenso entre os cientistas do clima de que as temperaturas globais continuarão a aumentar tem levado nações, estados, empresas e cidadãos a implementar ações para tentar reduzir o aquecimento global ou ajustar-se a ele.

Com esperança de que os permanentes estudos e o grande número de ações civis poderão um dia resultar em uma mudança cultural e meios economicamente viáveis de enfrentar de forma eficaz ações antrópicas que emitem gases-estufa, muitas empresas aderiram à programas para redução da emissão dos gases do efeito estufa (GEE). 

Parafraseando Edward Deming:

não se pode gerenciar o que não se conhece


Aqui nasce o inventário do carbono, que nada mais é do que um relatório visando entender e quantificar, permitindo assim gerenciar emissões de gases do efeito estufa (GEE).

Uma das principais ferramentas para confecção deste relatório é o GHG Protocol, que foi originalmente desenvolvido nos Estados Unidos, em 1998, pelo World Resources Institute (WRI) e é hoje o método mais usado mundialmente pelas empresas e governos para a realização de inventários de GEE. É também compatível com a norma ISO 14.064 e com os métodos de quantificação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

No Brasil, Em 2008, o método foi adaptado ao contexto nacional pelo GVces e pelo WRI em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), com o World Business Council for Sustainable Development (WBSCD) e 27 Empresas Fundadoras.



Fábio Carvalho possui vivência de mais de dez anos implementando, coordenando e auditando Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental. Auditor Líder em ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001 e Auditor independente para certificação de Produto junto ao Inmetro; Consultor em Sistemas de Gestão ISO 9001, ISO 14001, ISO IEC 17025 e ISO TS 16949.




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sexta-feira, 4 de março de 2016

Workshop Gratuito de Medição Tridimensional em 5 Eixos - MITUTOYO / RENISHAW



Workshop no tema Medição tridimensional em 5 eixos, realizado pela Mitutoyo e Renishaw com o objetivo de apresentar em detalhes a tecnologia, suas vantagens e potencialidades, e exemplos de ganhos de produtividade e exatidão permitidos pela tecnologia.

O evento será neste dia 16 de Março próximo na Mitutoyo em São Paulo - SP. Informações sobre os temas que serão abordados e inscrições no link: 

http://www.mitutoyo.com.br/news/work5mail/

Lembrando que o evento é gratuito, mas as vagas são limitadas.

terça-feira, 1 de março de 2016

Responsabilidade Social Empresarial e a ISO 26000

Em novembro de 2010, foi publicada a Norma Internacional ISO 26000 – Diretrizes sobre Responsabilidade Social, que defende que a responsabilidade social se expressa pelo desejo e pelo propósito das organizações em incorporarem considerações socioambientais em seus processos decisórios e a responsabilizar-se pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente.



Isso implica um comportamento ético e transparente que contribua para o desenvolvimento sustentável, que esteja em conformidade com as leis aplicáveis e seja consistente com as normas internacionais de comportamento. Também implica que a responsabilidade social esteja integrada em toda a organização, seja praticada em suas relações e leve em conta os interesses das partes interessadas.

A norma fornece orientações para todos os tipos de organização, independente de seu porte ou localização, sobre:

  • conceitos, termos e definições referentes à responsabilidade social;
  • histórico, tendências e características da responsabilidade social;
  • princípios e práticas relativas à responsabilidade social;
  • os temas centrais e as questões referentes à responsabilidade social;
  • integração, implementação e promoção de comportamento socialmente responsável em toda a organização e por meio de suas políticas e práticas dentro de sua esfera de influência;
  • identificação e engajamento de partes interessadas;
  • comunicação de compromissos, desempenho e outras informações referentes a responsabilidade social.

Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é a forma de gestão ética e transparente que tem a organização com suas partes interessadas, de modo a minimizar seus impactos negativos no meio ambiente e na comunidade.

Neste contexto, ser ético e transparente significa conhecer e considerar suas partes interessadas objetivando um canal de diálogo, de forma que uma organização voltada para o desenvolvimento sustentável, considere nos seus negócios um horizonte multidimensional, que englobe e assegure os direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais, na medida em que todos participem de um sistema de obtenção de uma economia solidária.

No Brasil, indicadores foram criados pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, organização não-governamental idealizada em 1998 por empresários e executivos oriundos do setor privado, constituindo importante ferramenta de autodiagnóstico no auxílio às empresas a gerenciarem os impactos sociais e ambientais decorrentes de suas atividades.

Os indicadores abordam sete grandes temas:

  • Valores, Transparência e Governança
  • Público Interno
  • Meio Ambiente
  • Fornecedores
  • Consumidores e Clientes
  • Comunidade
  • Governo e Sociedade
Vejamos um vídeo de uma oficina de 2010, realizada durante a Conferência Internacional de Empresas e Responsabilidade Social, realizada em São Paulo em 2010:




IMPORTANTE: A ISO 26000:2010 é uma norma de diretrizes e de uso voluntário; não visa nem é apropriada a fins de certificação. Qualquer oferta de certificação ou alegação de ser certificado pela ABNT NBR ISO 26000 constitui em declaração falsa e incompatível com o propósito da norma.


Referências:
Compêndio para a Sustentabilidade



Fábio Carvalho possui vivência de mais de dez anos implementando, coordenando e auditando Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental.






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