Empresas precisam elaborar política clara sobre o comportamento online de seus funcionários. Estes, por sua vez, devem pensar duas vezes antes tuitar.
Por:
Michael Gartenberg/Computerworld/US
Publicada em 15 de setembro de 2011 às 07h11
As empresas têm convivido com o desafio das redes sociais há anos. No passado, discuti quais seriam as vantagens e armadilhas no uso de blog e mensagens instantâneas durante a jornada de trabalho. A conclusão era de que, de uma forma ou de outra, a questão teria de ser enfrentada, jamais evitada.
Qualquer companhia que não tenha levado o assunto em consideração, a partir da elaboração de políticas claras sobre como os funcionários devem agir, está bastante atrasada. Com a ascensão de portais como Facebook e Twitter, a interação social ficou ainda mais dinâmica, de modo que a atenção sobre elas também precisa ser.
A única preocupação não deve recair sobre a produtividade. O uso imprudente desses sites abre portas para pragas digitais e mesmo processos judiciais. Essas consequências, naturalmente, não são ignoradas pelas corporações, e, sendo assim, muitas delas estão tentando bloquear as redes sociais no ambiente de trabalho. Bem... boa sorte a elas.
A censura imposta ao comportamento online de funcionário vem de longa data: filtros para impedir o acesso a portais de conteúdo adulto ou de games existem desde sempre. A tecnologia, porém, avança, e os métodos não são mais tão eficazes quanto costumavam ser.
Para começo de conversa, a maioria dos usuários carrega consigo dispositivos móveis – de notebooks a tablets e smartphones. Se impedidos de acessarem o Facebook no computador da empresa, não pensarão duas vezes em pegar o celular. As possibilidades são numerosas e afetam empregados, administradores e diretores.
Use com moderação
O que todos eles precisam entender é que compartilhar opiniões inapropriadas pela rede não é uma opção segura. Pelo contrário, elas poderão ser usadas como justificativa para uma punição ou demissão, mesmo que a mensagem tenha sido enviada a uma conta, supostamente, pessoal. Episódios do tipo têm sido cada vez mais frequentes.
Aqui vai um exercício divertido: procure no Facebook ou no Twitter por algo como “meu chefe é estúpido”. Ficará surpreso com a quantidade de resultados. É importante lembrar que o que vai para a Internet fica para sempre – até que algo seja feito para apagar o conteúdo. É comum que uma atualização restrita, digamos, a amigos, chegue a muitas outras pessoas. O microblogging, sem dúvida, potencializou a incidência desse problema.
Aos administradores de TI e líderes de empresa, cabe encontrar uma alternativa ao bloqueio das redes sociais. No caso, a resposta não está na tecnologia, mas na educação. Banir portais populares, além de ser uma medida pouco efetiva, aumenta a probabilidade de que algo prejudicial seja compartilhado durante o tempo livre do funcionário.
Por isso, é essencial para as empresas a elaboração de políticas claras – além da divulgação delas – a fim de mostrar aos usuários a repercussão que seu comportamento online pode tomar. Claro, também seria útil se os usuários compreendessem que nem todo pensamento repentino merece ser compartilhado com milhares de internautas.
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