Manter
a máquina em condição de imobilidade durante a presença de pessoas em
zonas de perigo é uma das condições mais importantes da utilização
segura de máquinas e, em razão disso, um dos maiores objetivos do
projetista e do usuário de máquinas. No passado, os conceitos de
“máquina em operação” e “máquina paralisada” eram, geralmente, ambíguos.
Uma máquina estava: em operação, quando seus elementos móveis ou
alguns deles estivessem em movimento; paralisada quando seus elementos
móveis estivessem em repouso.
A automatização de máquinas fez com que a
relação entre “operando” e “movendo”, por um lado, e “paralisada” e “em
repouso”, por outro lado, ficasse mais difícil de definir.
A
automatização também aumentou o potencial de uma partida inesperada, e
há um número significante de acidentes onde máquinas, paralisadas para
trabalhos de diagnósticos ou ações corretivas, partem inesperadamente.
Perigos diferentes dos perigos mecânicos, gerados por elementos móveis
(por exemplo, um faixo de laser), também devem ser levados em
consideração.
A apreciação do risco, relacionado à presença de pessoas em uma zona
de perigo, de uma máquina paralisada, deve levar em consideração a
probabilidade de uma partida inesperada dos elementos da máquina
geradores de perigos. Esta norma fornece aos projetistas de máquinas e
comitês técnicos, encarregados do trabalho de preparação de normas
técnicas sobre segurança de máquinas, uma vista geral de medidas
incorporadas ao equipamento, com a finalidade de impedir a partida
inesperada.
Pode-se definir a partida inesperada (não intencional) como qualquer
partida causada por um comando de partida que é resultado de uma falha
do sistema de comando ou de uma influência externa sobre ele; um comando
de partida gerado por ação não intencional, em um controle de partida
ou outras partes da máquina, como por exemplo um sensor ou um elemento
de controle de potência; restauração do fornecimento de energia, após
uma interrupção; influências externas/internas (gravidade, vento,
autoignição em motores de combustão interna) em partes da máquina.
A partida automática da máquina durante a operação normal é
intencional, porém pode ser considerada inesperada, do ponto de vista do
operador. A prevenção de acidentes, nesse caso, envolve o uso de
medidas de proteção. As máquinas devem ser providas de
dispositivos para a
isolação e dissipação de energia, especialmente no caso
de manutenções maiores, trabalho em circuitos de potência e desativação.