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terça-feira, 22 de novembro de 2016
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Anvisa e Inmetro estabelecem parceria para proteger a saúde da população
O Inmetro e a Anvisa firmaram, na última terça-feira (01.11), um
Termo de Cooperação para desenvolver ações de proteção à saúde da
população brasileira. O documento tem validade de cinco anos e pode ser
prorrogado.
De acordo com o presidente do Inmetro, Carlos Augusto de Azevedo, o
acordo irá abranger diversas áreas relacionadas à saúde. “Temos que
tratar de questões como qualidade de fármacos, equipamentos médicos e
próteses, por exemplo”, enumerou.
O diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, explicou que o
trabalho conjunto terá metas estruturadas. “Fizemos uma oficina no
Inmetro em que 12 pessoas da Anvisa participaram. Estabelecemos bem
todas as áreas de cooperação”, sintetizou.
Entre as ações previstas estão a capacitação de profissionais do
Inmetro, da Anvisa e do Sistema Nacional da Vigilância Sanitária (SNVS),
o fortalecimento da capacidade analítica da rede de Laboratórios
Oficiais (Lacens), o aumento da transparência e da eficiência da
comunicação dos órgãos com a sociedade.
Com informações da Anvisa.
Publicado originalmenmte em: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro
Acessado em: 21/11/2016, 10:50 - Horário de Brasília
domingo, 13 de novembro de 2016
Muda, Mura e Muri: o modelo 3M do sistema Toyota de Produção
Por Cristiano Bertulucci Silveira
Muda, Mura e Muri são termos
tradicionais da língua japonesa, que geralmente são relacionados pelas
pessoas que trabalham com o Sistema Toyota de Produção (STP) como sendo
os tipos de desperdícios encontrados em uma organização. Na busca por
identificar e eliminar os desperdícios, que é o verdadeiro foco do Kaizen (melhoria contínua), é muito importante compreender estes 3 termos importantes.
Para exemplificar o Muda, Mura e Muri em uma indústria, vamos recorrer à Figura 1 abaixo:
Figura 1 – Exemplo de Muda, Mura e Muri
Na Figura 1, podemos observar que em
uma situação de Muda, a máquina produz muito menos do que é capaz,
gerando desperdício de recursos. Já no Mura, tem-se uma máquina
produzindo mais do que o normal (máquina B) enquanto que a outra
(máquina A) ainda está produzindo muito menos do que é capaz, gerando
então um desnivelamento. Já na situação de Muri existe uma sobrecarga
na máquina, podendo levá-la a uma ocorrência de fadiga ou quebra. A
situação ideal como podemos perceber é a situação em que não existe
Muda, Mura ou Muri de forma a promover uma distribuição uniforme, sem
desperdícios ou sobrecargas.
Taiichi Ohno, um engenheiro de
produção que iniciou sua carreira no setor automotivo em 1943 e é
considerado o pai do TPS, disse o seguinte:
“… A insuficiência de padronização e
racionalização cria desperdício (Muda), inconsistência (Mura) e
irracionalidade (Muri) em procedimentos de trabalho e horas de trabalho
que, eventualmente, levam à produção de produtos defeituosos.”
(Sistema
Toyota de Produção; Além produção em larga escala por Taichi Ohno)
Esta falácia de fato é sistêmica:
Produção irregular (Mura) conduz ao stress e sobrecarga (Muri), que
geram defeitos e desperdícios(Muda). Vejamos em detalhe cada um dos
termos:
Muda
O termo Muda na linguagem japonesa
significa qualquer atividade que gere desperdício, que não adicione
valor ou que não seja produtiva. Ele reflete a necessidade de reduzir os
resíduos com o objetivo de aumentar a rentabilidade.
Em termos gerais, um processo agrega
valor através da produção de produtos ou prestação de serviços sendo
ambos pagos pelo cliente. Os desperdícios ocorrem quando o processo
consome mais recursos do que se é necessário para atender as
necessidades do cliente. Por isso, é preciso criar atitudes e
ferramentas que colaborem na identificação destes resíduos.
Taiichi Ohno desenvolveu uma lista com os setes tipos de desperdícios
do ponto de vista do Lean Manufacturing. Eles servem como um guia para
que uma empresa detecte os muras e desenvolva ações de forma a
combate-los. São eles:
1 – Defeitos
A forma mais simples de desperdício é
a geração de produtos que não atendem a especificação. É fácil perceber
como os japoneses se preocupam com produtos defeituosos quando
analisamos que os produtos defeituosos são medidos em partes por milhão e
geralmente este índice é em torno de 1% nas fábricas com o sistema
Lean. É claro que este resultado muito se deve ao desenvolvimento do
controle de qualidade e garantia da qualidade, concentrando os esforços
em fazer cumprir o processo correto ao invés de fiscalizar os
resultados.
2 – Excesso de produção ou Superprodução
O elemento chave do JIT (Just in Time)
é produzir somente a quantidade demandada de produtos. Em termos
práticos a produção de produtos sem demanda cria estoques
intermediários, aumentando os custos de armazenamento e manuseio destes
produtos na linha, sem contar que produtos podem ser produzidos e não
serem vendidos. O sucesso do JIT
somente foi possível devido à reorganização do trabalho e redução
drástica do tempo de set-up (uma forma eficiente de reduzir
desperdícios).
3 – Espera
O tempo quando não utilizado e forma
eficiente é um desperdício. A todo momento custos são gerados para
manter o aluguel do galpão, os salários dos operadores, a iluminação e
energia elétrica que alimenta os equipamentos. Portanto é importante
utilizar cada minuto de cada dia de forma produtiva. Caso contrário,
desperdícios estarão sendo gerados.
4 – Transporte
O tempo necessário para movimentar
produtos está diretamente relacionado a custos. Além da energia
necessária (combustível de empilhadeiras ou mesmo o tempo das pessoas),
há o custo do inventário na movimentação dos produtos quando partem de
uma área para outra. Deve-se dar importância também que quanto maior o
tempo de transporte maior será o Lead Time (tempo desde a emissão do
pedido até a entrega do produto para o cliente).
5 – Movimentação
O tempo gasto para as pessoas se
movimentaram pela planta é considerado um grande desperdício. Por que é
necessário o operador ter que dispender tempo ao caminhar para pegar
uma ferramenta ou uma peça se ele poderia ter o que é necessário à mão
com uma simples modificação do layout da planta ou implantação de
ferramentas de housekeeping?
6 – Processamento inapropriado
Trabalhar mais do que precisamos pode
ser a forma mais óbvia de desperdício. Um bom exemplo disto na história
do Lean diz respeito a uma empresa que realizava acabamentos de
superfície em peças que após o acabamento eram transferidas para
moedores, quando na verdade esses acabamentos nas superfícies em questão
não serviram para nada visto que estavam indo para moedores. Um
princípio básico do STP é que seja processado apenas o que é necessário.
7 – Estoque
O estoque esconde vários problemas
como: problemas na entrega, falta de previsibilidade de vendas ou falta
de confiabilidade nos equipamentos produtivos que acabam por criar
estoques intermediários, falta de sincronismo entre as pessoas
envolvidas no processo produtivo e custos com armazenamento (transporte,
controle e necessidade de espaço).
Mura
O termo Mura significa inconsistência
e irregularidade. Pode ser definido também como sendo a variação na
operação de um processo não causada pelo cliente final. Representa o
desnivelamento ou desbalanceamento do trabalho ou máquinas.
Se na empresa onde você trabalha já
foi presenciado uma situação em que as pessoas tiveram que trabalhar
como “loucos” no período da manhã para atender um pedido e logo no
período da tarde houve uma calmaria, com certeza você presenciou um
Mura. As irregularidades e inconsistências podem ser evitadas aplicando-se o conceito do Just in time,
pois além dele manter o inventário baixo, nele é estabelecido um rígido
controle de produtos de forma a fornecer ao cliente peças no momento
certo, na hora certa e na quantidade certa.
O nivelamento da produção, conhecido por Heijunka, assim como o Kanban
também podem ser utilizados para controlar diferentes fases do processo
e de subprocessos funcionando como ferramentas importantes para a
identificação e eliminação do mura.
Muri
O Muri é a sobrecarga causada na
organização, equipamentos ou pessoas devido ao Muda e Mura. Traduzindo
para o português, significa “irracionalidade, muito difícil, excessos,
imoderação”. O Muri faz com que a
máquina ou as pessoas excedam os seus limites naturais. Enquanto que a
sobrecarga nas pessoas resulta em problemas de segurança e qualidade, o
Muri nas máquinas resulta em aumento de quebras de equipamento e
defeitos.
O Muri pode ser evitado
através do trabalho padronizado, lembrando que todos os processos podem
ser subdivididos ou reduzidos para uma forma mais simples. Quando todos
conhecem as rotinas e os padrões de trabalho, é possível observar
melhorias na qualidade, na redução de custos e na produtividade.
A Importância de Identificar e Eliminar os 3Ms
Os 3Ms (muda, mura e muri) podem ser
comparados, em uma analogia com o corpo humano, como sendo três virus
mortais que combinados são capazes de resultar desde em anormalidades na
saúde da pessoa quanto a completa falência da mesma. Na empresa este
cenário não é diferente.
Deve-se sempre tratar com urgência a
eliminação do muda, muda e muri em uma organização, fazendo uma análise
ampla desde o chão-de-fábrica até o escritório administrativo, de forma a
abranger a organização como um todo. Os 3Ms não escolhem local ou
empresa e podem ser observados em organizações públicas ou privadas,
pequenas, grandes ou médias. Estes virus “devoram” recursos em todos os
níveis, a todo instante com duração de minutos, dias, semanas e meses.
É preciso desenvolver critérios e
principalmente uma cultura permanente nas organizações para que os 3Ms
sejam detectados e diagnosticados o quanto antes para que assim possam
ser remediados. Este trabalho deve ser constante e acontecer em todos os
lugares, nas pequenas células ou grupos de trabalho, de forma a evitar
que se torne uma epidemia na organização que elevará os custos de
produção e refletirá em danos maiores para a empresa.
Cristiano Bertulucci Silveira
é engenheiro eletricista pela Unesp com MBA em Gestão de Projetos pela
FVG e certificado pelo PMI. Atuou em gestão de ativos e gestão de
projetos em grandes empresas como CBA-Votorantim Metais, Siemens e
Votorantim Cimentos. Atualmente é diretor de projetos da Citisystems – cristiano@citisystems.com.br – Skype: cristianociti
Publicado originalmente em: Qualidadeonline's Blog
Acessado em: 24/06/2013, 09:50 - Horário de Brasília
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
PCMSO e PPRA são obrigatórios em empresas
Todas as empresas, inclusive as micro e pequenas, devem adotar o
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e o Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), previstos nas Normas
Regulamentadoras (NRs) 7 e 9, respectivamente.
O PCMSO visa à preservação da saúde física e mental dos funcionários e obriga a realização de avaliação clínica e exames médicos admissional, periódico, de mudança de função, de retorno ao trabalho e demissional.
Já o PPRA tem a finalidade de reconhecer e controlar os riscos existentes ou que possam aparecer no ambiente laboral. Segundo a NR 7, são considerados riscos ambientais os agentes físicos (ruídos, calor, frio, etc.), químicos (pós, gases, vapores, etc.) e biológicos (vírus, bactérias, parasitas, etc.) que podem causar danos à saúde do trabalhador. Esse programa deve ser efetuado, pelo menos, uma vez ao ano, e elaborado por técnicos e engenheiros do trabalho.
Os dois programas, portanto, estão interligados. Enquanto o PPRA identifica os riscos da empresa e pode exigir equipamentos de proteção individual ou mudanças ergonômicas no ambiente para ajudar na redução de acidentes e doenças do trabalho, o PCMSO, por meio dos exames, verifica se as ações de segurança adotadas têm sido eficazes.
As empresas que não obedecerem a essas normas ficam sujeitas a penas que variam de multas à interdição do estabelecimento.
Publicado originalmente em: Contas em Revista
Acessado em: 09/11/2016, 20:20 - Horário de Brasília
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