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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O mercado de trabalho por Waldez Ludwig




Mais um assunto interessante para compartilhar aqui no blog, é a participação do consultor de empresas Waldez Ludwig, no programa Sem Censura, exibido em 2008 e de conteúdo totalmente atual.
A entrevista de pouco mais de 15 minutos com um dos maiores palestrantes do Brasil (segundo a Revista Exame), está disponível no Youtube, dividido em três partes.
Waldez utiliza uma fala fácil e muitas vezes engraçada para explicar sobre a nova empresa, o empreendedor-funcionário, o “funcionário escravo”, o “gerente capataz”, aponta erros e orienta aos interessados para dar mais atenção à palavra “inovação”.


Em tópicos vou citar alguns trechos e frases que me chamaram mais a atenção, para ler clique abaixo.

- Conforme Waldez Ludwig, a palavra INOVAÇÃO é o fator de competitividade das empresas. Inovação vem de “gente”, não de máquina, ou seja, o ser humano é a “chave” de estratégia da empresa, e os “novos chefes” de empresas bacanas já estão sabendo disso.
- Ele compara o gerente da empresa ao “capataz” na época da escravidão; e pergunta ironizando, o que gerente faz? Coordena, supervisiona? E responde: “Ele não faz NADA, gerente passa o dia como capataz, controlando os outros, é um desempregado, não sabe fazer nada”.
- Cita o funcionário descontente denominado “terceira raça”, aquele funcionário “escravo”.
- O funcionário escravo é aquele que detesta trabalhar, que sofre da “síndrome do domingo à noite”, que insiste em dizer que “ganha pouco”, e que por isso trabalha mal.
- A maioria desses funcionários “escravos”, está interessada nos benefícios que a empresa oferece (ticket refeição, vale, cesta básica), e grande parte dos desempregados hoje é desse perfil, são pessoas que ainda precisam de “capataz” (gerente), de senhor de engenho (dono da empresa).
- Waldez orienta: “Se você ‘ganha pouco’, você tem que fazer um trabalho espetacular, porque aí alguém te acha, você tem que saber ‘quanto você vale’, não adianta simplesmente pedir aumento salarial”.
- Não existe mais “contratar mão-de-obra”. Não existe mais emprego para a “mão-de-obra”, ninguém quer contratar a mão de ninguém, a empresa quer contratar o talento de alguém, o sonho, o conhecimento, porque a mão-de-obra a máquina faz.
- Existe uma escassez total no mercado de trabalho de “líderes”. Grandes empresas buscam líderes.
- Não é preciso contratar gerente. O que precisamos é de empresários, cidadãos conscientes, ecologicamente comprometidos, e esses empresários não contratam gerente, eles contratam líderes, isso quando ele acha, quando ele não acha, ele deixa a sala vazia; e trata de contratar “empreendedores” como funcionários.
- O empreendedor-funcionário é como se ele tocasse a empresa dele dentro da empresa de outro, ou seja, um intra-empreendedor.
- O cliente faz uma pergunta ao empreendedor-funcionário, ele nunca vai dizer “isso não é comigo, eu só cumpro ordens”; ele diz “é comigo mesmo, o que o senhor deseja?”, porque ele sabe o valor dele, o valor da empresa, conhece a política da empresa toda, sabe quanto ele custa para a empresa, o quanto a empresa paga, o quanto ele gera de valor; ele é o micro empresário dele mesmo, até porque a carreira é pessoal.
- Waldez orienta: “A carreira é tua! Não delegue a tua carreira para o seu chefe, muito menos para sua empresa, porque a empresa que você trabalha, ela não é desenvolvedora de carreiras, ela desenvolve os negócios dela. A carreira é tua, cada vez mais tua! Até porque é conhecimento que você vende.”
- O empreendedor é o indivíduo que busca oportunidades, ele é observador, adora correr riscos, sem correr perigo, então ele planeja, ou seja, pode-se correr altos riscos com pouco perigo, e a palavra que está no meio é planejamento, e fundamentalmente é um indivíduo que AMA trabalhar, que entenda que trabalhar é uma dádiva. Inclusive se perguntarmos ao funcionário “escravo” qual é o seu sonho, ele responde “Aposentar”.
- Já existem empresas “bacanas” que se preocupam com os sonhos individuais do funcionário, quando a maioria das empresas não está nem aí.
- É necessário parar com a obsessão de “formação”. Precisa ir atrás do que você “é forte”, gerenciar o que você “é fraco”, e não mentir com relação ao que você é fraco – Você fala inglês?.
- O que é fundamental hoje é a capacidade inovadora.
- Waldez finaliza propondo um desafio: “A escola de primeiro e segundo grau ensina empreendedorismo? Formando pessoas para gostar de correr riscos? Para perceber oportunidades? Para amar trabalhar? Então não existe “eu não sou empreendedor”.
As pessoas recebem por sua raridade e não por sua importância.
Waldez Ludwig
Publicado originalmente em: Blog Vamos Interagir!


 

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