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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Diagrama De Relacionamento


O diagrama de relacionamento (DR) é uma combinação de configuração gráfica com texto que descreve o fluxo e as relações da tarefa executada de forma manual e automatizada, onde a lógica do sistema é traçada passo a passo e o que é executado é detalhado juntamente com o que é efetuado pelo computador ou por qualquer outra atividade externa de apoio.

Da mesma forma que o mapa do processos (MAP), o DR utiliza símbolos padronizados que são encontrados em qualquer tipo de software.

Figura 1: Simbolos DR

COMO ELABORAR UM DIAGRAMA DE RELACIONAMENTO

O diagrama de relacionamento deve ser iniciado após a confecção do mapa de processos detalhando as tarefas de cada serviço, onde cada função ou processo deverá ter agrupamentos identificados de tarefas, como se fossem trabalhos separados. O que acaba ocorrendo é que cada mapa de processos terá um ou mais diagramas de relacionamento a ele associado, e cada diagrama de relacionamento deve conter a remissão ao mapa de processos que ele descreve e detalha.

O diagrama de relacionamento é apresentado em três colunas:
- A primeira, à esquerda, detalha o fluxo operacional que descreve as tarefas executadas manualmente.
- A segunda coluna, no centro, descreve as atividades do sistema, onde devem aparecer todos os arquivos acessados e as funções internas.
- Na terceira coluna, à direita, são descritas as ações contendo uma narrativa abreviada que descreve o que foi estabelecido no diagrama nas duas colunas anteriores.

O fluxo se desenvolverá para a frente e para trás, entre as três colunas, descrevendo quando as pessoas executam uma tarefa e quando o computador responde a essas mesmas ações.

Não existem regras que definam quantas tarefas podem estar sendo executadas ou em qual sequência de passos.

EXEMPLO


Figura 2: DR parcial da conferência de pedidos de vendas

O diagrama de relacionamento é um detalhamento do mapa de processos e ambos devem gerar novas ações, ajudando a empresa desenvolver processos onde os resultados obtidos sejam positivos.

REFERÊNCIA
ALVAREZ, Maria Esmeralda Ballestero. Administração da qualidade e da produtividade: abordagens do processo administrativo. São Paulo: Atlas, 2001.
Autor(es): Rosemary Martins

Publicado Originalmente em: Blog da Qualidade
Acessado em: 24/02/2013; 20:30 - Horário de Brasília


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Roteiro para Melhoria - Juran

Muitos roteiros foram desenvolvidos ao longo dos anos para se trabalhar com melhorias de processos e produtos. Neste artigo listaremos os mais importantes e que foram selecionados pelo livro “Modelo de Melhoria”, o qual foi traduzido pela equipe EDTI:
  • Sequência universal de Juran para a melhoria da qualidade;
  • Seis Sigma DMAIC;
  • Seis Sigma DFSS;
  • Modelo de sete passos para resolver problemas;
  • FOCUS – PDCA;
  • Modelo 8D;
  • QC Story;
  • Pensamento Lean.
O roteiro escolhido para este artigo foi desenvolvido por Joseph Juran, um dos gurus da qualidade.
 
 
 
 
 
 
 
Com base nos seus anos de experiência em projetos de melhoria, Juran observou que a melhoria em uma variedade de contextos e ambientes foi realizada seguindo uma “sequência universal de passos”:
  1. Identifique um problema – algo de errado com um produto, serviço ou processo que tem um impacto sobre o desempenho da organização.
  2. Crie um projeto de melhoria.
  3. Meça e analise o processo corrente para ganhar conhecimento sobre o desempenho atual (base de referência).
  4. Analise os sintomas.
  5. Gere teorias sobre as causas dos sintomas.
  6. Teste as teorias.
  7. Estabeleça as causa.
  8. Desenvolva soluções.
  9. Teste e comprove as soluções em operações.
  10. Lide com resistência a mudanças.
  11. Estabeleça controles para manter os ganhos.
Essa sequência universal, que é base para muitos outros roteiros de melhoria, coloca ênfase na compreensão de como o atual processo ou produto funciona e identifica as causas do problema antes de começar a pensar em soluções.
Esse e outros roteiros de melhoria são tratados nos cursos de Green Belt e Black Belt ministrados pela equipe EDTI.
 
 
 
Publicado originalmente em: EDTI
Acessado em 22/02/2013; 20:45 - Horário de Brasília
 
 
 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Você já pensou em escrever artigos?

Pode parecer um contra-senso, mas uma das melhores maneiras de aprimorar sua capacidade de administrar é simplesmente escrever


 Por Leandro Vieira,


Na pressa de evoluirmos profissionalmente, estamos sempre em busca de experiências objetivas e específicas que nos ajudem a adquirir determinado conhecimento ou desenvolver certas competências e habilidades. As recomendações são sempre na mesma linha: faça um curso, leia um livro, assista a uma palestra. Pouca gente pratica uma das atividades mais enriquecedoras, prazerosas e - o melhor - com custo zero: escrever artigos.

A melhor forma de começar a escrever é simplesmente começando. Não importa o local, a hora do dia, se você vai escrever no computador, em uma máquina de escrever ou em um caderno: o importante é dar o primeiro passo. Existe algo de mágico na primeira frase, que parece desencadear todo o resto do processo. Não espere a inspiração chegar para poder começar. Como diria Picasso, “a inspiração existe, mas ela deve encontrá-lo trabalhando”.

 É fundamental, também, incorporar o hábito de escrever aos seus afazeres. Você deve estabelecer um dia e um horário em que essa atividade será sagrada. Quando adotamos uma rotina para escrever, acabamos adotando outra rotina para ler e estudar, pois só escreve bem quem lê bastante e se atualiza. Os benefícios não param por aí.

Escrever é importante para desenvolver a reflexão e o senso crítico. Não raro, começamos a escrever um artigo com uma visão e terminamos com outra totalmente diferente no fim da página. E mais: a prática ajuda a mente a tornar-se mais fértil e criativa - o que acaba abrindo espaço para o surgimento de novas ideias e de até mesmo alguma inovação revolucionária. É o caminho para fora da caixa.

Escrever nos deixa mais inteligentes. Muito mais inteligentes. Embora seja uma atividade diretamente ligada à inteligência linguística, escrever também é uma atividade que turbina outras inteligências, como a intrapessoal (é praticamente um exercício de autoconhecimento), a interpessoal (nossa capacidade de lidar com os outros), a própria inteligência lógico-matemática, já que a lógica é fiel companheira de um bom texto e, até mesmo, a espacial (afinal, escrevendo muitas vezes criamos imagens e espaços mentais). 

Consequentemente, a partir daí você desenvolve a sua capacidade de argumentação, aumenta o seu poder de persuasão, aprende a contar histórias, enfim, amplia drasticamente suas habilidades de se comunicar, o que é essencial na hora de negociar, liderar, falar em público... coisas corriqueiras na vida de um administrador.

Tem outro ponto que pode até parecer um tanto quanto “esotérico”, mas eu passo muito por isso e com certeza você já deve ter passado também, seja escrevendo, praticando outro tipo de arte ou algum esporte. Algo zen acontece quando você escreve. A sensação é de que tudo ao seu redor entra em silêncio e você se conecta com alguma região da mente de onde as palavras simplesmente surgem. Você mergulha e desaparece nessa atividade, envolvendo-se totalmente. 

Esse tipo de estado mental de concentração e foco total foi amplamente estudado pelo psicólogo húngaro Mihály Csíkszentmihályi (valendo um prêmio para quem conseguir pronunciar o nome dele). Csíkszentmihályi denominou esse estado como “flow” (fluxo), uma das chaves para a felicidade no trabalho e na vida.

Por fim, quem escreve também aparece. A internet é um grande palco para você exibir o seu talento. Ao publicar seus artigos em sites especializados, você se colocará em contato com incontáveis leitores, receberá feedbacks valiosos sobre o seu trabalho (possibilitando-o evoluir), e também irá ampliar significativamente a sua rede de contatos. Pronto para dar o primeiro passo?

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Dica:
Leandro Vieira foi incentivado a escrever bastante desde bem pequeno. O hábito, que virou hobby, foi um dos motivadores para escrever um livro e criar o portal Administradores com uma plataforma colaborativa, na qual é possível que todos escrevam e publiquem seus artigos de graça (curioso? Cadastre-se gratuitamente no Administradores e comece a publicar seus artigos agora!)
 
Pulicado originalmente em: Portal Administradores
Acessado em 16/02/2013; 23:10 - Horário de Brasília 
 
 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

"Não venham pedir revisão das Normas. Não na minha frente"

Em 4 de fevereiro de 2013, em ComportamentoSegurança no Trabalho, por Giovana


Esta semana um texto me chamou muita atenção. Em meio a tantas especulações a cerca da falta de segurança na boate Kiss, encontro esta reflexão indignada do arquiteto sobre a tragédia em Santa Maria. Vale a pena pensar sobre isso…
(Por Rodrigo Klassmann Daudt)

Quando assisto uma cobertura de um desastre aéreo, fico lá, prestando atenção em toda aquela informação e sempre me pergunto, na condição de leigo, até que ponto as pessoas que ali estão, ao vivo, dominam o assunto sobre o qual debatem… O especialista normalmente domina. Só ele. E daí decorre debates que ao invés de informar, mais atrapalham do que ajudam.

Bom, agora é diferente… Saio da condição de leigo. E imagino que caiba a mim e aos meus colegas arquitetos e engenheiros, informar corretamente os que agora continuam na condição de leigo.


Aí está ela: NBR 9077. Absolutamente criteriosa. Complexa. Não vou usar o termo “de primeiro mundo”. Sei que ela está entre as mais seguras em vigor no planeta.

Portanto, que se diga tudo nesta hora, menos que a legislação brasileira é ineficiente. Não digam que as normas precisam ser revistas. Chega de bobagens. Chega de por a culpa nos papéis. Os papéis estão aí e, neste caso, são praticamente motivo de orgulho.
Escutei hoje pela manhã a uma vergonhosa entrevista do prefeito de Santa Maria. Esquivou-se de qualquer responsabilidade. Sugeriu revisão das normas. O que é isso? Uma norma mais rígida que a 9077 eu não consigo imaginar… Aplicamos a 9077 diariamente a tudo que é projetado neste país e lhes digo: ela não está aí pra brincadeira não. Ela é perfeita? Claro que não, mas não venham pedir revisão das normas. Não na minha frente.
Sabe o que matou estes 300 e tantos jovens? O jeitinho brasileiro. A malandragem. A ginga. O jeito maneiro… A saída que é mostrada na vistoria dos bombeiros e lacrada no dia seguinte. A informação de capacidades de lotação muito inferior à praticada. A influência política nos licenciamentos. Sim, donos de casa noturna são normalmente empresários bem sucedidos… Sempre dá-se um jeito para alguém influente. Sempre se alivia… Pois como se diz por aqui: não vai dar nada… Agora deu. E vai dar de novo, pois a Kiss não era exceção.
Portanto, diante da tragédia, só tenho uma contribuição: não culpem a NBR 9077. Culpem os brasileiros em geral. Principalmente os malandros. Principalmente aqueles hipócritas, que agora pedem a plenos pulmões que as leis sejam cumpridas, enquanto desfilam em seus carros falando ao celular…”

Rodrigo Klassmann Daudt facebook.com/rkdaudt | Arquiteto gaúcho. No seu perfil do Facebook, 29/01/2013

Publicado originalmente em: Qualidade Simples
Acessado em: 12/02/2013; 12:55 - Horário de Brasília



Poder no mercado


O caminho para obter os principais selos de gestão da qualidade e do ambiente, de responsabilidade social e de segurança e saúde ocupacional

por Heloiza Camargo e Adriana Wilner

Uma das maneiras de mostrar para fornecedores, compradores e clientes que a sua empresa preza pela qualidade dos produtos ou serviços que vende, preocupa-se com o meio ambiente, com a saúde e a segurança dos funcionários ou mantém uma relação responsável com a sociedade, é ter um sistema de gestão certificado por normas técnicas. A aplicação dessas normas permite transformar discursos de boas intenções em algo palpável, comprovado por um organismo independente e perceptível pelo mercado e a sociedade. 


As certificações mais relevantes são a ISO 9001, que garante a qualidade intrínseca dos produtos ou serviços; a ISO 14001, com foco na relação da empresa com o meio ambiente; a OHSAS 18001, centrada na saúde e segurança ocupacional dos colaboradores e a ABNT 16001, voltada para a construção de uma relação responsável entre a empresa e a sociedade. Cada certificado pode ser implantado isoladamente. 
As normas proporcionam benefícios internos e externos ao negócio, de acordo com Rogério Meira, diretor-executivo da ATSG, Academia Tecnológica de Sistemas de Gestão. “No mercado, uma empresa certificada pode conseguir maior credibilidade, aceitação e, ocasionalmente, atender também aos pré-requisitos de um fornecedor mais exigente. Do ponto de vista interno, obter um certificado de conformidade ajuda a organizar e a melhorar os processos da empresa, a reduzir os custos com retrabalho e a evitar perdas e desperdícios”, completa Meira. Com as normas, o empreendedor passa a ter uma visão mais abrangente dos processos da empresa e consegue gerenciar melhor o seu negócio. 


Para obter uma certificação é necessário adquirir a brochura ou arquivo eletrônico com as normas a serem seguidas, adotá-las na empresa e contratar uma certificadora independente para aferir a aplicação correta dos padrões. Após esse processo a empresa estará certificada. 

Conforme explica José Joaquim do Amaral Ferreira, vice-presidente da instituição certificadora Fundação Vanzolini, “organizações de qualquer porte podem ser certificadas, uma vez que é a norma que se adapta ao negócio e ao tamanho da empresa”. 

Recorrer a uma consultoria pode contribuir para uma maior eficácia do processo. “No caso da ISO 9001, o empreendedor tem a possibilidade de optar por uma planilha que mostre se os prazos de entrega estão sendo cumpridos, por exemplo. Nessa parte, o trabalho de um consultor ajuda a definir quais são os indicadores mais adequados para cada norma e cada empresa”, afirma Amaral. 

No Brasil, o Inmetro é o organismo de acreditação oficial que avalia as certificadoras e verifica se elas podem emitir certificados. Entretanto, as normas ISO 9001, ISO 14001 e ABNT 16001 têm caráter voluntário e não é obrigatório que os organismos de certificações sejam acreditados pelo Inmetro. Uma das vantagens de procurar certificadoras chanceladas pelo órgão, afirma Marcos Aurélio Oliveira, coordenador geral de Acreditação do Inmetro, é que “nós temos uma marca forte e reconhecida no país e se a empresa tiver qualquer problema com um organismo de certificação acreditado por nós, a solução virá rapidamente”. Já a ABNT é a responsável pela tradução das normas internacionais. Certificadoras como a Fundação Vanzolini e a própria ABNT vão até as empresas verificar se elas estão agindo em conformidade com a norma que pleiteiam.



O MERCADO REALMENTE LEVA EM CONTA AS CERTIFICAÇÕES?
O Inmetro e o Comitê Brasileiro de Qualidade da ABNT avaliaram a satisfação com produtos e serviços com o selo ISO 9001. Confira:



Publicado originalmente em: Pequenas Empresas, Grandes Negócios
Acessado em: 12/02/2013; 12:45 - Horário de São Paulo