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domingo, 4 de novembro de 2012

6 passos para construir seu plano de carreira


Por Ana Luiza Jimenez, do ClickCarreira

Você ralou para passar no vestibular e entrar na universidade, suou para conseguir um estágio na sua área, se mata para conciliar todas as atividades mas não sabe ao certo para onde todo esse esforço vai levar… Se você se identificou com essa situação, possivelmente esteja na hora de montar um bom plano de carreira. Veja a seguir o passo a passo com as seguir as dicas de Mara Tamake, consultora de carreira da Cia de Talentos.

1 – Pense onde você gostaria de estar em um período de 5 a 10 anos, isto é, defina seus objetivos no longo prazo. Há profissionais que tem objetivos super específicos e outros que são mais abrangentes, explica Mara. Confira alguns exemplos: “Antes dos 30 anos, quero ocupar uma posição gerencial numa empresa compatível com o meu perfil, que me permita ter tempo livre para a família” “Quero concluir um curso de pós-graduação ou MBA para ser um profissional especializado em determinada área de atuação” “Antes de completar 30 anos, quero ser coordenador da área de suprimentos da empresa dos meus sonhos, ganhando entre 13 e 15 mil reais.”

2 – Reflita sobre quais são as necessidades mais fundamentais de carreira, como por exemplo, ter tempo para estar com família ou ocupar um cargo gerencial. Tente imaginar qual é o legado que quer deixar, seu objetivo de vida.

3 – Avalie quais valores pessoais e profissionais precisam ser respeitados ao longo da sua carreira e que, por nenhum emprego, você deixaria de lado.

4 – Pense nas características e habilidades pessoais que podem impulsionar ou atrapalhar a alcançar as metas no longo prazo. Nesse ponto, não é preciso analisar o mercado, já que esse fator é imprevisível e está fora do seu controle. Por exemplo, se o profissional quer fazer um mestrado, exemplifica Mara, os fatores que podem impulsioná-lo são a dedicação e habilidade para gerenciar o tempo.
Por outro lado, mudanças não planejadas, como ter filhos nesse período, podem impedir que o profissional consiga conciliar família, estudos e trabalho. “Nesse momento, é importante reavaliar seus objetivos e se perguntar: o que vou ganhar com a conclusão do mestrado? Irá valer a pena?”, pontua Mara. Em outra situação, um profissional que estabeleceu como meta ter um cargo gerencial numa empresa de bens de consumos, em menos de 5 anos, pode avaliar que possui competências de liderança e de trabalho em equipe muito bem desenvolvidas.
Um fator que pode atrapalhar esse profissional é a dificuldade de estabelecer contatos profissionais e fazer networking. Mara explica que no momento em que o profissional pensa em possíveis obstáculos, já consegue se antecipar com soluções possíveis. Segundo a consultora da Cia de Talentos, avaliar quais são as habilidades e comportamentos pessoais é uma etapa fundamental do plano de carreira, pois será este mapeamento que irá ajudar o profissional a guiar suas decisões ao longo da carreira. “A pessoa deve refletir sobre quais são suas características, talentos e atividades que gosta de realizar. É o resultado dessa reflexão que o profissional deve usar como base para as próximas escolhas”, diz Mara.

5 – Use o tempo que achar necessário para pensar e reavaliar seus objetivos profissionais. Não será fácil planejar sua carreira, é preciso tempo para tomar decisões acertadas. “Na maioria das vezes, essa é a etapa mais difícil. Para conseguir fazer um plano de carreira efetivo, é preciso tempo para pensar em si mesmo e quais são seus objetivos”, explica a consultora.

6 – Utilize todas as informações compiladas nos itens anteriores para montar um plano de ação no curto prazo. Isso significa que você deve estabelecer metas reais, que devem ser realizadas num período de 6 meses a um ano – seja fazendo um mapeando de empresas que gostaria de trabalhar e enviando currículos, buscando um novo curso de pós-graduação ou mesmo tentando ter uma rotina mais saudável, com direito a exercícios diários e tempo livre. Tudo vai depender do seu objetivo! 

Na prática – Cristiane Martins, de 25 anos, buscou a ajuda do programa de orientação de carreira quando percebeu que estava insatisfeita profissionalmente. “Eu trabalhava na área de Suprimentos de um banco e estava infeliz, mas não sabia muito bem o que queria fazer. O trabalho era muito administrativo, burocrático. Além disso, a empresa valorizava muito a hierarquia dos cargos e eu não me adaptei à cultura da empresa”, relata Cristiane, que é engenheira mecânica por formação.
O que ela não imaginava é que em menos de dois anos depois desse um período de incertezas, já estaria trabalhando numa empresa com seu perfil e satisfeita após ser promovida a consultora sênior. Cristiane conta que sua principal motivação ao procurar ajuda de orientação de carreira, foi descobrir quais eram seus reais objetivos profissionais. “Eu sabia que eu queria sair do banco, mas não sabia muito bem o que queria fazer. Já tinha trabalhado em outras empresas e eu não queria trocar de emprego mais uma vez sem saber se estava indo para o lugar certo”.
O plano de carreira a ajudou a encontrar um foco para sua vida profissional, apesar de ressaltar que não existem respostas prontas. “Para que o plano te ajude a tomar decisões, é preciso estar disposto a refletir sobre você mesmo e traçar seus objetivos”, afirma a engenheira. “O plano de carreira com certeza me ajudou a descobrir o que eu realmente quero – que é atuar na área de suprimentos, mas em empresas de consultoria. E mostrar essa segurança é muito importante na hora de procurar emprego.”
Após quatro meses enviando currículos e fazendo entrevistas, Cristiane foi contratada como analista da área de suprimentos da Ernest &Young. Depois de pouco mais de um ano na empresa, ela recebeu uma promoção e hoje ocupa o cargo de consultora sênior.



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