Pesquisar este blog

domingo, 23 de outubro de 2011

Lições do caso Rafinha Bastos

Por  Marcos Morita


Apesar da menor repercussão, já ouvi diversos casos de funcionários que perderam seus empregos, foram preteridos a promoções, queimaram sua imagem, ficaram estigmatizados ou criaram um perfil não condizente com o cargo que ocupam.

Foto: divulgação

Em geral não tão famosos, muitas vezes não tem tempo ou chance de explicarem as causas de seus comentários infelizes. Creio que consiga classificá-los conforme seu momento de carreira.

Os inexperientes:  estagiários e principalmente trainees confundem processos seletivos rigorosos com o dia-a-dia da empresa. Exigidos ao máximo durante a contratação, costumam chegar de salto alto aos departamentos. Comentários sobre viagens de intercâmbio, diplomas de universidades de primeira linha e domínios de vários idiomas devem ser comentados somente quando solicitados.


Os recém-chegados: comum em funcionários que passaram longos períodos em outras instituições, os quais têm sempre na ponta da língua a ladainha: “na empresa em que eu trabalhava fazíamos assim ou assado”.


Interessante nas primeiras vezes ou quando bem aplicados, tornam-se motivo de chacota entre seus pares.

A pergunta que paira no ar: – se era tão bom por lá, porque decidiu sair?


Os muito experientes:  este perfil é ainda comum em empresas mais conservadoras. Apesar de contrabalancearem uma reunião ou projeto, podem se tornar uma pedra no caminho, colocando obstáculos às novas ideias através de comentários como:

“já fizemos algo parecido na gestão passada ou acredito que não vai dar certo”. Se este for seu perfil, não se surpreenda se não for convidado para reuniões importantes.


Os high performers: constituído pelos funcionários mais bem avaliados em suas funções, seja por mérito, relacionamento ou ambos. Sua autoconfiança extrapola os limites de sua estação de trabalho, atingindo subordinados, pares e muitas vezes clientes e fornecedores.
 
Vale salientar que em épocas de mercado aquecido, fusões e aquisições, seu desempenho pode ser posto à prova, questionado, ou até mesmo colocado a escanteio.


Os fofoqueiros: sua baia costuma ser ponto de encontro, além de ir com frequência acima do habitual ao café da empresa. Utiliza seu relacionamento para realizar seu trabalho ou ajudar os mais próximos. Não obstante uma ferramenta poderosa quando bem utilizada, vale o ditado: “o peixe morre pela boca”.


Em suma, em épocas de longas jornadas, creio que ninguém conseguiria falar somente o estritamente necessário, evitando comentários com duplo sentido ou alguma conotação negativa. O problema começa a ficar mais grave quando você é associado a algum dos perfis acima, potencializando os comentários proferidos.


Apesar de não serem divulgados em rede nacional, podem ficar gravados no subconsciente de subordinados, colegas e superiores, comprometendo sua imagem, carreira e lugar de destaque no lado esquerdo do chefe.

fonte: http://www.qualidadebrasil.com.br/artigo/comportamento/licoes_do_caso_rafinha_bastos

Nenhum comentário:

Postar um comentário